Em 14 agosto de 1959, no Estádio das Laranjeiras, no Rio de Janeiro, Pelé atuou pela Seleção das Forças Armadas que venceu a Seleção Olímpica por 2 a 1
A história seria inimaginável nos dias de hoje. Edson Arantes do Nascimento já era o Pelé campeão do mundo com a Seleção Brasileira em 1958, o garoto-craque que encantava o mundo com seus gols e jogadas de gênio, mas ainda assim no ano seguinte se alistou e serviu o Exército Brasileiro.
Camisa 10, logicamente, da Seleção das Forças Armadas, Pelé passou o ano cumprindo seu dever mas também se divertindo: jogando bola, para alegria dos seus superiores, que tinham o privilégio de assistir ao futuro Rei do Futebol marcar gols, muitos gols, e ajudar o time verde-oliva a a ganhar muitos jogos.
Um deles, pelo placar de 2 a 1, foi sobre a Seleção Brasileira Olímpica que se preparava para as Olimpíadas de Roma 1960. No dia 14 de agosto de 1959, no estádio do Fluminense, no Rio de Janeiro, a Seleção Olímpica saiu na frente , com gol de Roberto, ponta-direita que era do Flamengo.
A Seleção das Forças virou o jogo - sem Pelé marcar. Válter e Bataglia, que jogou no Corinthians, foram os autores dos da vitória de 2 a 1.0
Três dias antes, também nas Laranjeiras, a Seleção Brasileira Olímpica derrotara a Seleção das Forças Armadas por 4 a 1 - mas Pelé não jogou.
No time Olímpico, que enfrentou as Forças Armadas e disputaria as Olimpíadas de Roma, Gerson era um dos destaques. O Canhotinha de Ouro era então juvenil do Flamengo e terminaria 10 anos depois tricampeão do mundo.
Brasil – Edmar (Flamengo), Nélson (Fluminense), Rubens (Fluminense), Dary (Fluminense) e Edílson (Vasco da Gama); Maranhão (Vasco da Gama) e Gérson (Flamengo); Roberto (Flamengo). China (Botafogo), Villadonega (Vasco da Gama, depois Manuel, Fluminense) e Germano (Flamengo),
Forças Armadas – Marçal, Nonô, Daniel (Viana), |Nélson e Mané; Gonçalves e Válter; Bataglia, Genivaldo (Parada), Pelé e Parobé (Cacaio).
OBS: Além de Pelé, outros jogadores que defendiam grandes clubes atuaram pelas Forças Armadas por estar em idade militar: Nonô e Genivaldo (Fluminense); Bataglia (Corinthians), Parada (Palmeiras) e Parobé (Internacional).
Fonte: Gerência de Memória da CBF