A Seleção Brasileira de 1958, campeã mundial pela primeira vez, na Suécia, foi marcada por reunir os maiores craques brasileiros da história. Entre eles, os gênios Garrincha e Pelé. Com os dois em campo, o Brasil jamais foi derrotado.
A Seleção de 1958 desfilou seu futebol de talento pelos gramados suecos com uma outra marca, esta curiosa: foi a primeira vez em que uma Seleção Brasileira entrou em campo sem que seus jogadores usassem a numeração tradicional - àquela em que o goleiro era o número 1, o lateral-direito, o 2, o zagueiro, o 3, e assim por diante.
Por um motivo que até hoje não foi devidamente esclarecido. Há a versão de que a relação oficial do grupo não foi enviada a tempo à FIFA, que se encarregou então de numerar os jogadores. A Seleção Brasileira usou na Copa do Mundo de 1958 uma numeração completamente diferente. Por exemplo: o goleiro Gilmar recebeu a número 3; Zagallo, normalmente o número 11, ficou com a sete. E o seu contrário: Garrincha, ao invés da sete, usou o número 11.
Assim, Didi, que sempre foi o número 8 no Botafogo e na Seleção Brasileira, na Suécia, vestiu a 6. Ele foi eleito o melhor jogador da Copa do Mundo de 1958.
Vavá, o centroavante, vestiu a 20. A número 9 ficou com o zagueiro reserva Zózimo. Nílton Santos, o melhor lateral-esquerdo da Copa, ficou com a 12.
Zagallo, o número sete, tem uma provável explicação para o que aconteceu com a numeração.
- Não sei direito, mas acho que mandaram a numeração que puseram nas nossas malas, com as quais viajamos. Só pode ser essa a explicação, porque, me lembro muito bem, a minha mala tinha o número sete.
No grupo de 22 jogadores, só um jogador vestiu a camisa certa: Pelé. Foi coincidência que ele tenha ficado com a 10?