Substituto de Pelé na Copa do Mundo de 1962, Amarildo foi um dos destaques da Seleção na competição, com três gols e atuações memoráveis
De reserva do Rei à protagonista do bicampeonato mundial conquistado em 1962, no Chile. O enredo de cinema é a história contada no campo por Amarildo. Neste domingo (28), o “Possesso” completa 78 anos de vida.
A segunda estrela do Brasil está diretamente ligada ao futebol do “Possesso”. A Verde e Amarela chegou ao Chile com o peso do título conquistado quatro anos antes. Logo na segunda partida, um duro golpe contra a Canarinho: o Rei Pelé deixa o campo contra a Tchecoslováquia lesionado. A gravidade da contusão afastaria o maior jogador de todos os tempos de toda a disputa da competição. Coube ao jovem Amarildo, à época com 21 anos, o papel de substituir o Rei na formação brasileira.
Saído do banco de reservas, com a camisa 20 às costas, o atacante do Botafogo-RJ reescreveu a história da Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 1962. Logo na estreia, foi decisivo na vitória por 2 a 1 sobre a Espanha, marcando os dois gols da Seleção. A atuação magnífica, infernizando a talentosa seleção espanhola de Puskas, Di Stéfano e Gento, rendeu a Amarildo o apelido que o acompanharia pelo resto da carreira: o Possesso. Na sequência do torneio, formou um ataque formidável com Garrincha e Vavá como companheiros. Na grande decisão, um reencontro com a Tchecoslováquia: vitória brasileira por 3 a 1 e gol do Possesso, o terceiro no Mundial.
Além da Copa do Mundo de 1962, Amarildo conquistou pela Seleção a Taça Oswaldo Cruz (1961 e 1962) e a Copa Rocca (1963). Com a Amarelinha, o “Possesso” disputou 25 jogos e construiu um excelente retrospecto: 17 vitórias, três empates e cinco derrotas. Ao todo, o craque foi às redes nove vezes defendendo a Seleção Brasileira.
Além da brilhante carreira pela Seleção, Amarildo foi destaque em grandes clubes brasileiros e do futebol internacional. No Brasil, é lembrado como um dos integrantes do maior ataque da história do Botafogo. Formava a linha de frente do Glorioso ao lado de Garrincha, Zagallo, Quarentinha e Didi. As atuações endiabradas do “Possesso” chamaram atenção do Milan (ITA), o grande clube europeu do início da década de 1960. Na Itália, também defendeu as cores da Fiorentina e da Roma. Voltou ao Brasil para encerrar a carreira no Vasco, onde fez parte do elenco campeão do Campeonato Brasileiro de 1974, o primeiro conquistado pelo Cruzmaltino.
A CBF deseja felicidades ao “Possesso” e agradece o craque por todas as contribuições prestadas à Seleção Brasileira e ao futebol nacional.