O meia Claudinho, do Red Bull Bragantino, está reunido com a Seleção Olímpica para os jogos preparatórios contra Cabo Verde (5) e a Sérvia (8). Esta é a primeira vez que o jogador veste a Amarelinha e cumpre uma profecia antiga feita por sua mãe, Dona Lúcia.

Em coletiva, Claudinho contou que, há uns dois anos, quando estava em baixa no futebol, sua mãe profetizou que sua vida teria uma virada e que ele ainda vestiria a camisa da Seleção. O destino tem sido fiel ao meia e feito valer o esforço que ele coloca dentro de campo. Na última temporada, Claudinho foi eleito artilheiro, craque e revelação do Brasileirão Assaí e, hoje, vivencia sua primeira convocação com André Jardine.

“Fico muito feliz pela última temporada que eu fiz, pelos prêmios e pelo começo dessa nova temporada. Estou aqui realizando um sonho, minha primeira convocação e eu espero que seja a primeira de muitas. Eu vou dar o meu melhor aqui para estar voltando e ajudando os meus companheiros. Esse é um sonho, não só meu, mas de todos os atletas que estão aqui de poder participar de uma Olimpíada ou Copa do Mundo, quem sabe. É o sonho de todo atleta e o meu não é diferente,” declara o meia.

Esta é a última janela de treinamentos antes da lista oficial para os Jogos de Tóquio e Claudinho entende que as vagas são limitadas. Para isso, ele se mantém confiante de que pode desempenhar qualquer função que Jardine propor, menos embaixo da meta, 'eu deixo para os goleirão', brinca. Mas projeta uma possível presença nas Olimpíadas

“Só de estar aqui, nessa minha primeira convocação, me deixa muito honrado. Vou dar o meu máximo, o meu melhor para que eu esteja na convocação para as Olimpíadas. E, se eu estiver, pode ter certeza que eu vou ajudar meus companheiros da melhor forma possível para nos sagrarmos campeões porque é uma competição inédita e poucos têm essa medalha. Eu ficaria muito feliz sendo campeão deste campeonato,” admite.

Treino da Seleção Olímpica na Sérvia 03-06-2021. Claudinho
Créditos: Ricardo Nogueira/CBF

O excesso de confiança não nasceu repentinamente, foi um trabalho árduo que o meia dedica aos profissionais e clubes por onde ele passou, que acreditaram em seu potencial. Em especial, ao Red Bull Bragantino, e ao técnico Antônio Carlos, que acreditou nele em 2019, na campanha de ascensão do clube de Bragança. 

Em 2021, Claudinho atuou em 21 partidas, sob o comando de Maurício Barbieri, marcou três gols e distribuiu seis assistências e vive a primeira campanha de Sul-Americana do time paulista.

“O Red Bull Bragantino me ajudou muito, me dando todo o suporte possível e me dando confiança. Eu acho que todo atleta precisa de confiança para estar fazendo aquilo que gosta. Eles me deram tudo que eu precisava e eu venho fazendo um bom trabalho e os ajudando também. Eu acho que tudo que eu passei foi necessário para o meu crescimento. Então, fico muito feliz… foram coisas que me deixaram mais maduro, me fizeram crescer mais rápido”, conclui Claudinho.