Seleção Brasileira

Há 63 anos, o Brasil conquistava o bicampeonato mundial no Chile

Com vitória por 3 a 1 sobre a Tchecoslováquia, Seleção chega ao topo pela segunda vez consecutiva, termina invicta e inicia sua era de protagonismo global, marcada por talento, experiência e espetáculo

Assessoria CBF
17/06/2025 - 18h55
Atualizado há cerca de 1 mês
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Seleção Brasileira: campeã mundial de 1962

Seleção Brasileira: campeã mundial de 1962

Arquivo / Associated Press

O dia 17 de junho de 1962 marca a data em que o Brasil chegou ao topo do mundo do futebol – para não sair nunca mais. No Estádio Nacional de Santiago, a Seleção Brasileira venceria a Tchecoslováquia por 3 a 1, sagrando-se bicampeã da Copa do Mundo e impondo uma nova ordem futebolística, em que o futebol vencedor era também espetacular. Além do título, o Brasil terminou a campanha invicto e tendo no time dois dos artilheiros: Vavá e Garrincha, com quatro gols cada.

A Seleção Brasileira chegou ao Chile mais de 50% campeã. E não se trata do favoritismo que a Canarinha já detinha em 1962, mas sim o fato de que, dos 21 jogadores do elenco, 14 já haviam sido campeões mundiais em 1958: Gilmar, Djalma Santos, Mauro, Zito, Zózimo, Nilton Santos, Garrincha, Didi, Pepe, Pelé, Bellini, Vavá, Zagallo e Castilho. A eles se juntaram Amarildo, Jair Marinho, Jurandir, Orlando Peçanha, Moacir, Mengálvio, Tite e José Maria. O time era treinado por Aymoré Moreira, substituto de Vicente Feola.

A campanha brasileira começou com um 2 a 0 sobre o México, gols de Zagallo e Pelé. A segunda partida foi a final antecipada: no mesmo grupo, Brasil e Tchecoslováquia empataram sem gols na segunda rodada daquela fase. Esta foi a partida em que Pelé sofreu uma contusão na virilha, não voltando mais a campo naquela edição do Mundial. No terceiro jogo, o Brasil superou a Espanha por 2 a 1, com dois gols de Amarildo, provando que daria conta da ingrata missão de substituir o camisa 10 da Seleção.

Mauro ergue a taça do Mundial de 1962Créditos: Divulgação / CBF

Nas quartas de final, o Brasil teria pela frente os criadores do esporte bretão. Mas a criatura não teve lá tanto trabalho para superar o criador. Com dois gols de Garrincha e um de Vavá a Seleção avançou com um 3 a 1, fora o baile. Jimmy Greaves descontou. Nas semifinais, mais um teste de fogo: pela frente estava o Chile, dono da casa. Mas quem decidiu a partida novamente foram os artilheiros das quartas, cada um marcando dois gols na partida que terminou 4 a 2 para a Canarinha. Leonel Sanchez e Zelada marcaram para o Chile.

Em 17 de junho de 1962, 68.679 pessoas foram ao Estádio Nacional de Santiago prestigiar a final entre a Seleção Brasileira e a da Tchecoslováquia. Jogando no 4-2-4, o Brasil alinhou com cinco campeões mundiais naquela final: Gilmar, Nilton Santos, Djalma Santos, Zito e Vavá. Mas o roteiro daquela final lembrou a de 1958. Com 15 minutos Masopust abriu o placar para o adversário.

A derrota parcial durou pouco. Bastaram dois minutos para a experiência brasileira prevalecer. Amarildo empatou aos 17 e o primeiro tempo terminou com 1 a 1 no placar. O segundo tempo foi de tensão. Com boas atuações defensivas, o empate persistiu até os 24 minutos do segundo tempo, quando Zito virou a partida. Aos 33 Vavá deu números finais à partida e se igualou aos artilheiros Garrincha e Leonel Sánchez (do Chile). Com o resultado, o Brasil alcançava sua segunda Copa do Mundo, o mesmo que Itália e Uruguai. Uma vez no topo, de lá a Seleção Brasileira não saiu mais. Mas esta é uma história que continua em 1970.

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