Em 2004, Brasil levou alegria e gols ao Haiti

Em 2004, Brasil levou alegria e gols ao Haiti

Seleção venceu os haitianos por 6 a 0, mas quem fez a festa foi a torcida local, que por um dia esqueceu a crise política e social que assolava o país

Juan, Julio César, Ronaldo, Juninho Pernambucano, Gilberto Silva, Roque Júnior e Edu; Ronaldinho Gaúcho, Roger, Belletti e Roberto Carlos - Brasil x Haiti em 2004

Juan, Julio César, Ronaldo, Juninho Pernambucano, Gilberto Silva, Roque Júnior e Edu; Ronaldinho Gaúcho, Roger, Belletti e Roberto Carlos - Brasil x Haiti em 2004

Créditos: Nilton Santos

Brasil x Haiti em 2004

Brasil x Haiti em 2004

Créditos: Nilton Santos

Brasil x Haiti em 2004

Brasil x Haiti em 2004

Créditos: Nilton Santos

Brasil x Haiti em 2004

Brasil x Haiti em 2004

Créditos: Nilton Santos

Brasil x Haiti em 2004

Brasil x Haiti em 2004

Créditos: Nilton Santos

Brasil x Haiti em 2004

Brasil x Haiti em 2004

Créditos: Nilton Santos

Brasil x Haiti em 2004

Brasil x Haiti em 2004

Créditos: Nilton Santos

Roger Flores e Ronaldo - Brasil x Haiti em 2004

Roger Flores e Ronaldo - Brasil x Haiti em 2004

Créditos: Nilton Santos

Ronaldo - Brasil x Haiti em 2004

Ronaldo - Brasil x Haiti em 2004

Créditos: Nilton Santos

Brasil x Haiti em 2004

Brasil x Haiti em 2004

Créditos: Nilton Santos

Ronaldinho Gaúcho - Brasil x Haiti em 2004

Ronaldinho Gaúcho - Brasil x Haiti em 2004

Créditos: Nilton Santos

Edu Gaspar - Brasil x Haiti em 2004

Edu Gaspar - Brasil x Haiti em 2004

Créditos: Nilton Santos

Brasil x Haiti em 2004

Brasil x Haiti em 2004

Créditos: Nilton Santos

Era um dia de sol e muito calor no Haiti. Nas ruas - quase todas de terra -, a população tomava a cidade de Porto Príncipe. Mas não era um novo capítulo na guerra civil que tomava conta do país. 18 de agosto de 2004 representou um dia histórico para os haitianos, principalmente, mas também para a Seleção Brasileira. No Jogo da Paz, como ficou conhecido o amistoso entre Brasil e Haiti, o placar foi de 6 a 0, mas a comemoração foi de todos.

A Seleção Brasileira mostrou para o mundo quantos sorrisos era capaz de abrir. O time, comandado por Carlos Alberto Parreira, desembarcou na capital horas antes da partida. Divididos em tanques da ONU, jogadores e comissão técnica percorreram um caminho de cerca de cinco quilômetros. Sem exagero, eles foram acompanhados por um verdadeiro corredor humano.

Em campo, nem a alta temperatura atrapalhou o clima de festa na partida. Com bola rolando, os jogadores brasileiros transformaram o futebol arte em presente ao povo haitiano, eufórico nas arquibancadas com as jogadas de efeito dos nossos craques. Ronaldinho Gaúcho, por exemplo, estava em dia inspirado. Fez três gols, um deles uma pintura, e desfilou no gramado. Roger também foi bem e marcou dois. Nilmar fechou a conta.

O placar foi elástico e de vitória brasileira, mas o resultado que realmente importa veio fora de campo, com triunfos nas mais variadas áreas de observação. O principal deles: a Seleção Brasileira, através de sua arte e popularidade, conseguiu contribuir para uma campanha de desarmamento no país, levou alegria à nação mais pobre das Américas e aumentou ainda mais a admiração dos haitianos pelo futebol brasileiro. Foram pouco mais de cinco horas no Haiti, mas os ponteiros deste relógio continuam girando até hoje, exatamente 11 anos depois.

Técnico da Seleção Brasileira naquela ocasião, Carlos Alberto Parreira definiu esta viagem de maneira clara, possivelmente com o mesmo olhar do que a maioria das pessoas presentes no dia.

- Na próxima vez que um de vocês (jornalistas) me perguntarem qual a emoção mais forte que vivi no futebol, direi que foi esta. E olha que todos sabem que já vivi muitas.

HAITI
Max (Gabart); Thelanor, Germain (Jacques), Gabbardi e Bourcicaut (Stephane); Guillaune, Bourdot (Barthelmy), Gilles (Telamour) e Romulut (Mones), Fleury (Francis) e Desir (Herold)
Técnico: Carlo Marzelin

BRASIL
Júlio César (Fernando Henrique); Belletti, Juan (Cris), Roque Júnior e Roberto Carlos (Adriano); Juninho Pernambucano, Gilberto Silva (Renato), Edu (Magrão) e Roger (Pedrinho); Ronaldinho e Ronaldo (Nilmar)
Técnico: Carlos Alberto Parreira

Local: estádio Sylvio Cator, em Porto Príncipe (Haiti)
Árbitro: Paulo César de Oliveira (BRA) 
Cartões amarelos: Roger (BRA)
Gols: Roger, aos 19min, Ronaldinho Gaúcho, aos 32min, Roger, aos 41min do primeiro tempo; Ronaldinho Gaúcho, aos 21min e aos 36min, Nilmar, aos 40min do segundo tempo.

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