Dois anos depois, o Brasil retornará ao Maracanã para mais uma final de Copa América. De lá para cá, muita coisa mudou, principalmente dentro do elenco da Seleção Brasileira, que segue em constante renovação. Dos 25 jogadores convocados, 12 não estiveram na última Copa América.

Entre os atletas chamados por Tite, não estiveram na Copa América de 2019: Weverton, Danilo, Emerson, Felipe, Léo Ortiz, Renan Lodi, Fabinho, Fred, Douglas Luiz, Everton Ribeiro, Gabriel Barbosa e Vini Jr. Tantos jogadores novos são frutos de um trabalho de observação que contempla vários atletas para cada posição, a fim de identificar quem vive melhor momento para compor o elenco da Seleção Brasileira.

"A gente sempre trabalha com o radar mais amplo e isso é importante, com três ou quatro jogadores por posição, às vezes mais. Ficamos tranquilo na hora de convocar aqueles que a gente entende como os melhores do momento. Ter essa quantidade de atletas, poder utilizá-los, observá-los, trazê-los para uma competição como é a Copa América, nos dá a tranquilidade para seguir esse processo até a Copa do Mundo", avaliou o auxiliar técnico da Seleção Brasileira, Cléber Xavier.

Do grupo de 25 jogadores, nove têm idade olímpica (nascidos a partir de 1997), o que reflete um pouco da renovação deste elenco. Além disso, o técnico Tite utilizou a Copa América para dar mais minutos e experiência a vários jogadores. Não à toa, dos 24 jogadores em condições de jogo, apenas o zagueiro Léo Ortiz ainda não fez sua estreia.

Na última edição da Copa América, o Brasil apresentou alguns talentos novos, que puderam ser observados de perto pela comissão técnica. Três deles, em especial, conquistaram um espaço importante no grupo da Seleção: Éder Militão, Lucas Paquetá e Richarlison, que foram titulares em vários dos jogos da atual Copa América.

"É muito importante. Desde que a gente chegou, em 2016, temos trazido novos atletas ao grupo, isso é parte de um processo de qualquer seleção. Temos jogadores dentro de um grupo que é constantemente chamado que têm pouquíssimos jogos. Poucos atletas nossos passaram de 50 jogos. Com o tempo, queremos dar essa minutagem, essa rodagem, temos feito isso na Copa América, nos amistosos, para que a gente chegue fortalecido dessa maneira no Mundial de 2022", concluiu Cléber Xavier.

Cléber Xavier durante treino da Seleção Brasileira na Granja Comary
Créditos: Lucas Figueiredo/CBF