Pia Sundhage celebra conquista da Copa América: ‘Muito orgulhosa’

Pia Sundhage celebra conquista da Copa América: ‘Muito orgulhosa’

Foi a primeira vez que uma treinadora mulher venceu o torneio continental

Seleção Feminina Principal disputa final da Copa América: Brasil x Colômbia Seleção Feminina Principal disputa final da Copa América: Brasil x Colômbia
Créditos: Thais Magalhães/CBF

A noite deste sábado reservou algumas primeiras vezes à experiente treinadora Pia Sundhage. A vitória de 1x0 sobre a Colômbia, que garantiu à Seleção Brasileira o octacampeonato da CONMEBOL Copa América, foi o primeiro título oficial da técnica à frente da Canarinho. Além disso, a conquista fez com que Sundhage entrasse para a história como a primeira treinadora mulher campeã do torneio. Ela também comandou da primeira equipe da história a finalizar a competição sem sofrer gols.

“É sempre muito bom fazer algo que ninguém conseguiu fazer antes. Não ceder gols é impressionante e isso se deve a uma defesa sólida, com jogadoras experientes como a Tamires. Temos jogadoras mais jovens na frente da última linha e, para mim tem sido fantástico vivenciar a Copa América. Por tudo que já vi estando nos EUA, na China e na Suécia, em todas aquelas Copas e Olimpíadas, estou muito grata pela final e pela atmosfera, porque as duas equipes mereciam isso. E estou muito orgulhosa de ter vindo lá da Suécia e ganhado essa bela medalha, graças às minhas jogadoras. Muito obrigada”, comemorou.

A treinadora também analisou a partida que definiu o campeonato. Para ela, a Canarinho pode atuar melhor, mas os méritos das anfitriãs não passaram despercebidos.

“Não conseguimos manter a posse no meio de campo. Elas roubaram a bola nesse setor e nós não mudamos o ponto de ataque para usar as alas e alargar o campo. A Colômbia teve 12 ou mais contra-ataques na primeira meia hora de jogo. Isso significa que estamos perdendo a bola lá na frente, quando estamos avançando, e não fazemos o balanço defensivo. A Colômbia fez um ótimo jogo e foi muito inteligente ao recuperar a bola, ir ao ataque e nos pressionar”, disse.

Confira outros momentos da entrevista de Pia Sundhage:

Final

Primeiramente, eu gostaria de agradecer a essa cidade, à Colômbia e seus torcedores, porque fizeram um ótimo jogo, um ótimo evento, ainda que nós não tenhamos jogado tão bem. Tivemos alguns problemas desde os primeiros minutos, mas tivemos o pênalti a nosso favor e conseguimos não sofrer gols da Colômbia com uma boa atuação na defesa. 

Análise da atuação e dos próximos desafios

Esse jogo nos deu um ótimo ponto de partida, porque as jogadoras jovens, junto às mais experientes, como a Tamires, tiveram a chance de manter esse 1x0 diante de uma grande torcida. É um contexto de muita emoção e, taticamente, podemos ser melhores, mas todo jogo nos ensina e essa final foi uma ótima professora para todas nós. Se você olhar para as jogadoras mais novas, acredito que elas aprenderam algumas coisas que nos ajudarão a evoluir na preparação para a Copa do Mundo. 

Brasil foi melhor do que a Colômbia?

Sim, fomos melhores, porque ganhamos o jogo de 1x0, e jogamos partidas anteriores que nos levaram até a final. Não acho que fizemos um jogo bonito, mas foi eficiente. A Colômbia não criou grandes chances e, enquanto isso, mantivemos o placar de 1x0. Acredito sim que somos a melhor equipe.

Próximos passos na evolução

O principal é o aspecto tático, especialmente quando começamos o jogo e em relação ao ataque. A defesa é sólida e fomos bem nisso durante a partida, mas precisamos ser mais táticas e ter mais capacidade de mudar essa tática. As jogadoras que vêm do banco às vezes vão bem e, em outras, não vão como queríamos. É um desafio para jogadoras mais novas, porque atletas dessa idade, principalmente as brasileiras, têm muitos sentimentos. Se jogam com base nas emoções e vão bem, é fantástico. Mas se vão mal, precisam confiar na compactação e na tática. Para melhorar isso, precisamos de jogadoras experientes e de confrontos com adversários fortes.

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