Mesmo distante, Bia Zaneratto se apoia no amor da família para vencer em Tóquio

Mesmo distante, Bia Zaneratto se apoia no amor da família para vencer em Tóquio

Atacante conta com torcida especial dos familiares para superar maior desafio de sua carreira nos Jogos Olímpicos

O placar marcava 4 a 0 quando Debinha arrancou pela esquerda. Pelo meio, corria Beatriz Zaneratto. Com a força e a velocidade que são tão características, a atacante se desmarcou e aproveitou o cruzamento para fazer o quinto. Brasil 5 x 0 China. Na comemoração, um L nas mãos, em homenagem a Luzia, avó que Bia perdeu no último mês de janeiro.

A lembrança é apenas uma demonstração da relação que Bia tem com sua família. Da forte ligação com sua avó até o contato constante com seus familiares durante os Jogos, ela tem se apoiado na força deles durante os Jogos Olímpicos de Tóquio. E mesmo a milhares de quilômetros de distância, eles têm feito a diferença.

"Foi incrível disputar os Jogos no Rio, com aquele cenário, toda a torcida, minha família ali me apoiando. Representar o Brasil em Tóquio está sendo diferente, longe deles, mas sentindo toda essa emoção e transmissão de pensamentos positivos que estão nos mandando, o que é de suma importância para atingirmos nosso grande objetivo, que é trazer o ouro”, disse Bia.


A Imperatriz leva sua família consigo aonde quer que vá. Afinal, está na própria pele. Depois que sua avó faleceu, aos 75 anos, por complicações da Covid-19, ela decidiu fazer uma tatuagem em homenagem a Luzia, um símbolo do amor que sempre teve por ela. Na mão, gravou uma imagem das duas de mãos dadas, uma forma de lembrar que sua avó sempre estará ao seu lado.

Juntos, a força dos familiares e a bênção de Luzia têm guiado Bia Zaneratto em uma grande Olimpíada. Um dos principais destaques da Seleção Feminina, a atacante brilhou na goleada por 5 a 0 contra a China. Além de marcar, iniciou várias jogadas de perigo, inclusive a dos dois primeiros gols da partida.

Na sequência, o empate com a Holanda demonstrou a consistência e evolução tática da equipe, com o ataque sendo capaz de correr duas vezes atrás do resultado. Mas Bia sabe que esse é só o começo da caminhada, e conta com o calor que recebe do Brasil para manter o foco no ouro inédito para a Canarinho.

Brasil e China se enfrentaram pela rodada de abertura dos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020. Bia Zaneratto. Com um L nas mãos, Bia Zaneratto dedica o gol à sua avó, Luzia
Créditos: Sam Robles/CBF

Todas juntas


Como se não bastasse tudo isso, Bia Zaneratto ainda encontra forças no elenco da Seleção Brasileira, que se tornou uma segunda família para ela. Em entrevista ao site da CBF, a Imperatriz ressaltou a união do grupo como trunfo da Seleção em Tóquio. Para ela, a mistura entre juventude e experiência do elenco convocado por Pia Sundhage pode levar a Canarinho a voos jamais alcançados antes.

“Hoje vejo um grupo muito unido. Passamos por algumas situações e, fechadas, conseguimos resolver. Acredito que Marta sempre será nossa maior referência, Formiga assim como a Formiga, mas também a gente vê caras novas trazendo muita qualidade. Acho que, juntas, podemos conquistar o que nunca alcançamos. Essa mistura de juventude com experiência será o nosso diferencial”, concluiu.

O Brasil volta a campo nesta terça-feira (27) para enfrentar a Zâmbia, às 8h30 (horário de Brasília), de olho na liderança do grupo F. A Canarinho está empatada com a Holanda em quatro pontos e, para ultrapassar a equipe europeia, precisa tirar uma diferença de 2 gols de saldo. 

Um empate classifica o Brasil sem a necessidade de depender de outros resultados, mas também é possível avançar em caso de derrota. TV Globo, SporTV e BandSports transmitem a partida ao vivo.

Sessão de fotos da Seleção Feminina Principal - Jogos Olímpicos de Tóquio. Bia Zaneratto. Beatriz Zaneratto e o sorriso aberto de quem sabe que nunca estará sozinha
Créditos: Sam Robles/CBF

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