O dia 21 de novembro de 2020 certamente ganhou um lugar especial no coração de Camila, do Avaí/Kindermann. Nesta data, a atleta foi informada que substituiria Marta, cortada após testar positivo para COVID-19. Além de herdar a vaga de uma de suas referências no esporte, a defensora, por tabela, teve sua primeira chance na Seleção Feminina Principal. Nesta segunda-feira (23), durante a coletiva de imprensa, Camila detalhou esse verdadeiro carrossel de emoções sentido nos últimos dias.

A atleta já se encontra em Guarulhos (SP), onde a Seleção se apresentou na manhã desta segunda-feira. O período da data FIFA se estende até o dia 1º de dezembro. Nesse intervalo, o Brasil disputará dois jogos preparatórios diante do Equador. As partidas estão agendadas para os dias 27 de novembro e 1º de dezembro, na Neo Química Arena e no Morumbi, respectivamente.

“Foi (uma sensação) de alegria imensa, inesperada para ser sincera. Viemos de uma notícia ruim da Sub-20, com o cancelamento do Sul-americano e do Mundial. Estávamos focadas na fase final do Brasileiro, nas duas finais, quando veio essa surpresa. Fiquei muito feliz mesmo. A expectativa é muito grande, primeiramente para aprender com todas as jogadoras que estão aqui comigo nessa convocação, atletas de nome, que têm uma bagagem enorme no futebol feminino. Primeiramente, aprender e segundamente também poder contribuir”, admitiu Camila, antes de falar na surpresa quando soube que substituiria Marta.

Jogo de ida da final do Brasileirão Feminino A-1 2020 - Avaí-Kindermann x Corinthians
Créditos: Mariana Sá/CBF

“Quando fiquei sabendo, já estávamos em ‘Floripa’, nos preparando para o primeiro jogo da final. De imediato, não sabia quem eu iria substituir, foi algo que descobri apenas quando saiu na mídia mesmo. Então foi uma dupla surpresa (risos). A convocação em si e quem eu substituí foi mais ainda. Nada mais, nada menos do que a nossa camisa 10, nossa capitã e uma das nossas principais jogadoras na Seleção”, completou a jogadora.

De olho em se firmar no grupo, a atleta ressaltou seu histórico versátil em múltiplas funções e minimizou a nova posição na Canarinho.

“Desde que eu trabalhava com a Ana (primeira treinadora), sabia que era interessante uma atleta saber jogar em mais de uma posição, ser versátil. Porque isso é bom para o grupo, para o time. Com a Ana comecei a atuar de volante, depois voltei para a zaga. Agora, no Kindermann, o Jorge precisa de mim na lateral, tenho aprendido muito com ele e minhas companheiras. Tem sido algo positivo, porque é mais uma função que posso me aprofundar e aprender mais”, concluiu Camila.