Às vésperas de reencontro com os EUA, Pia projeta duelo diante das campeãs mundiais

Às vésperas de reencontro com os EUA, Pia projeta duelo diante das campeãs mundiais

Bicampeã olímpica pela Seleção Americana em 2008 e 2012, Pia enfrentará seu ex-time pela primeira vez, agora, no comando da Seleção Brasileira.

Treino da Seleção Feminina Principal em Orlando - 19/02/2021. Pia Sundhage Treino da Seleção Feminina Principal em Orlando - 19/02/2021. Pia Sundhage
Créditos: Sam Robles/CBF

Neste domingo (21), a Seleção Brasileira Feminina cumprirá com seu segundo compromisso no Torneio She Believes, diante dos Estados Unidos. Para a técnica Pia Sundhage, o confronto terá um gostinho especial. Afinal de contas, será a primeira vez que a treinadora enfrentará as americanas sob o comando da Canarinho. Ex-comandante das atuais campeãs mundiais, entre 2008 e 2012, a sueca analisou os desafios que o Brasil terá de superar às vésperas da partida.

Durante coletiva de imprensa realizada neste sábado (20), de forma virtual, Pia analisou o atual estilo  de jogo das norte-americanas e destacou como o Brasil deve se portar para sair com o resultado positivo. De acordo com a comandante da Seleção, cadenciar o ritmo de jogo e saber enfrentar a alta intensidade dos EUA será primordial.

“A intensidade demonstrada na segunda etapa (contra a Argentina) foi boa, mas não será o suficiente contra os EUA amanhã. Temos que aumentar a intensidade e nos adaptar, porque o futebol se baseia no ritmo. Acho que a velocidade de jogo, as corridas que as americanas, sobretudo as atacantes, estão acostumadas é elevada. Então é extremamente importante acharmos o ritmo quando roubarmos a bola. Porque não somos o tipo de equipe que corre e corre atacando espaços, precisamos achar o ritmo, esse é o principal desafio contra os EUA amanhã”, explicou Pia, antes de falar como o Brasil deve se portar para superar essa adversidade.

“A conexão é crucial. Para vencermos os Estados Unidos temos que nos manter conectadas, permanecer compactas, nos ajudar. Para isso temos que aproximar as linhas e usar o suporte de apoio, para sempre termos uma alternativa na saída de bola. Vejo como os EUA pressionam com uma, duas jogadoras. Teremos que nos livrar dessa pressão, essa vai ser uma das chaves cruciais desse jogo. Se tivermos a confiança necessária, aliado ao ritmo de jogo, será interessante ver como os EUA vai lidar com isso”, completou a técnica da Seleção.

Treino da Seleção Feminina Principal em Orlando - 19/02/2021. Bruna Benites Treino da Seleção Feminina Principal em Orlando - 19/02/2021. Bruna Benites
Créditos: Sam Robles/CBF

Pia exaltou a oportunidade de enfrentar as líderes no ranking da FIFA como forma de preparação para os Jogos Olímpicos. Apesar da vitória contra a Argentina, a treinadora do Brasil não escondeu sua ansiedade para o duelo e destacou que o confronto deste domingo será disputado em outra voltagem.

“Primeiramente, acho um erro quando se tem um jogo contra a Argentina e simplesmente já se pense no próximo, por estar ansioso para jogar com os EUA. É um erro porque você perde uma oportunidade fantástica de analisar e aproveitar uma bela vitória contra a Argentina. Outro ponto, todos falam dos EUA porque elas são o melhor time do mundo, e se mantêm assim por muitos anos. Então é sempre sobre ‘quem vai bater’ os EUA que eles (americanos) comentam antes dos jogos. Eu espero que eles falem bastante do Brasil após essa partida. É ótimo jogar contra os EUA porque é algo contagiante, as pessoas se envolvem, é algo bom. Quando se joga contra as melhores, todos falam disso”, analisou Sundhage.

Além do jogo contra os EUA, o Brasil ainda joga contra a seleção do Canadá na próxima quarta-feira (24/02) – totalizando três partidas em menos de uma semana. Para evitar desgaste das atletas, a treinadora sueca explicou como a comissão técnica da Seleção atua dosando as atividades físicas, táticas e técnicas.

“Dosar a intensidade dos treinos físicos durante a preparação é algo bem delicado. Porque se você não fizer nada e achar que estará com as pernas descansadas para o jogo, não vai funcionar. Porque você precisa dessa intensidade para sentir que está preparada para o jogo. Então procuramos balancear isso. Não somente na parte física, mas também na tática. Muita informação não é bom, assim como nenhuma. Então ser treinadora envolve isso, achar o meio termo ideal, fazer escolhas. Dito isso, nós tratamos cada jogadora individualmente, baseado no quanto cada uma joga e em que posição cada uma joga. Então temos que tratar individualmente e, ao mesmo tempo, achar uma estratégia que melhore o coletivo”, finalizou.

Treino da Seleção Feminina Principal em Orlando - 19/02/2021. Fabinho e Pia Sundhage Treino da Seleção Feminina Principal em Orlando - 19/02/2021. Fabinho e Pia Sundhage
Créditos: Sam Robles/CBF

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