Seleção Brasileira

Goleira Claudia: “É um sonho estar na Seleção e poder treinar com a Lorena”

Jogadora estava até o final do ano passado no Juventude e, em janeiro, foi contratada pelo Fluminense

Assessoria CBF
20/02/2025 - 15h32
Atualizado há 5 meses
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Natural de Pérolas D’Oeste, no Paraná, Claudia Luana de Oliveira, 22 anos, é uma das mais jovens atletas a serviço da Seleção Brasileira. Em sua segunda convocação pelo técnico Arthur Elias, a goleira, recém-contratada pelo Fluminense, treina com afinco em Teresópolis e se diz uma privilegiada por estar perto de uma de suas principais referências, a também goleira Lorena, apontada por muitos como a melhor do mundo.

Nesta entrevista ao site da CBF, Claudia conta como foi sua iniciação no futebol, revela que não gostava da posição de goleira e preferia jogar na linha, mas que acabou convencida por sua professora de Educação Física, Cleci Aquino, a aceitar a troca.

“Sou muito grata à professora Cleci e já lhe dei uma camisa autografada da Seleção”, conta.

Claudia foi convocada para o período de treinos da equipe em Teresópolis (de 17 a 25 de fevereiro) e ainda tem viva na lembrança a alegria dela e da família quando foi relacionada pela primeira vez para a Amarelinha, no final do ano passado.

“Estava numa videochamada com meu pai e ele começou a chorar.”

Claudia em ação num treino em TeresópolisCréditos: Rafael Ribeiro / CBF

Confira abaixo trechos da entrevista:

Início de um sonho

“Sempre gostei de futebol, mas nunca me imaginei goleira, até porque sempre jogava na linha com os meninos nos campeonatos lá na escola na minha cidade, em Pérolas D’Oeste.

Quando eu tinha 16 anos, tive uma oportunidade de participar de uma edição dos Jogos Escolares da cidade como goleira, até então eu não queria isso. Foi uma professora minha, Cleci Aquino, que pediu que eu fosse para a posição, pois estava faltando gente para completar o time e eu era alta. Ela falou que eu podia me sair bem como goleira.

Tudro deu certo, eu fui para a competição, acabei me destacando e consegui ir para o meu primeiro clube, o Toledo. Ali começou minha carreira como goleira. No Toledo jogamos o Campeonato Brasileiro e o Paranaense. Fiquei dois anos lá atuando pela base e pelo profissional.

Depois, o Grêmio me contratou e em seguida, o Juventude. Mais recentemente, em janeiro deste ano, eu me transferi para o Fluminense.”

Apoio da família

“Desde o início, meu pai (Evandro de Oliveira) me incentivou bastante. Às vezes, por ser mulher ... e eu nasci numa cidade pequena, a gente vem de famílias tradicionais, e o futebol teoricamente não é para mulher. Só que eu nunca vivi isso na minha família, todo mundo sempre me apoiou.

Goleira está em sua segunda convocação pela Seleção BrasileiraCréditos: Rafael Ribeiro / CBF

Minha mãe (Marinês de Oliveira), no começo ... eu não julgo ela ... uma mulher sair de casa para morar fora e jogar futebol, eu entendi o lado dela. Depois que ela viu que as coisas poderiam dar certo, ela deu apoio total. Nunca tive oposição de nada deles na minha carreira.”

Convocação

“Minha primeira convocação foi para os amistosos na Austrália, no final do ano passado. Foi muito emocionante, eu estava em chamada de vídeo com meu pai, meu pai só chorava, minha mãe estava no trabalho. Até hoje eu acho que eles não acreditam, não caiu a ficha ... pra mim mesmo é difícil acreditar que eu estou aqui, por mais que a gente vista o uniforme, que a gente treine, é uma sensação maravilhosa estar aqui. Então, às vezes, nem eu acredito.

Porque tudo isso aconteceu muito rápido. Um dia eu estava jogando campeonato lá em Caxias do Sul (pelo Juventude) e no outro eu já estava na Austrália com a Seleção Brasileira. É muita coisa pra gente digerir. Agora, já mudei de clube (está no Fluminense), vim para uma cidade diferente, em outro Estado. Tem muita coisa para assimilar.”

Treinar com a Lorena

“É sempre um aprendizado. Tive a oportunidade de treinar com ela no Grêmio, quando a Lorena já começava a ser convocada com frequência para a Seleção. Então, eu já via na Lorena uma referência pra mim. E hoje, estar na Seleção com ela ... a Lorena continua sendo uma grande referência. Estou muito feliz por essa oportunidade, quero aproveitar muito o momento, aprender o máximo que eu posso pra conseguir dar o meu melhor aqui dentro e também no clube.”

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