O técnico da Seleção Brasileira Feminina, Arthur Elias, fez um balanço positivo do período de treinamentos realizado na Granja Comary, durante a primeira Data FIFA de 2025. Com a convocação de 30 jogadoras, o treinador destacou o desenvolvimento do modelo de jogo da equipe, com foco na evolução das jogadoras, mesmo para aquelas que ainda se encontravam no início de suas pré-temporadas. O trabalho teve início no dia 16 e se encerrou nesta terça-feira (25).
“Balanço muito positivo dessa convocação, onde conseguimos desenvolver ainda mais nosso modelo de jogo com o número de 30 atletas, muitas delas que ainda estão no final de pré-temporada, então com certeza elas vão voltar muito bem para os clubes. A gente não teve nenhum tipo de intercorrência e também seguimos fortalecendo a nossa unidade e identidade", afirmou.
Seleção Brasileira em último treino em Data FIFA na Granja ComaryCréditos: Rafael Ribeiro/CBF
Além disso, Arthur Elias também destacou o trabalho específico realizado pensando nos próximos amistosos, quando o Brasil enfrentará em abril os Estados Unidos fora de casa. A preparação foi vista como essencial para dar continuidade à construção do time, especialmente com a retomada das ideias de jogo nesse início de temporada. O período de treinamentos não focou apenas na parte física e técnica, mas também em aspectos táticos importantes. Arthur Elias elogiou a evolução significativa do time.
“Foi uma evolução muito grande nas ideias e na execução do nosso time com a posse de bola, ou seja, nosso comportamento ofensivo e as transições. As atletas corresponderam muito bem. Nossa invasão de área, como nos distribuímos no terço final, também foi muito proveitosa”, destacou.
INICIATIVA INÉDITA
O treinador Arthur Elias também avaliou a importância da presença de profissionais dos clubes da Série A1 do Campeonato Brasileiro durante os últimos 4 dias do período de convocação. Pela primeira vez, a comissão técnica da Seleção Brasileira Feminina promoveu uma imersão para esses profissionais, permitindo uma troca de experiências e conhecimentos diretamente com os clubes.
Profissionais dos clubes da Série A1 do Campeonato Brasileiro participaram do dia a dia da SeleçãoCréditos: Rafael Ribeiro/CBF
“Foi uma ação inédita da CBF e para mim um sucesso. A troca foi muito verdadeira, tanto da Comissão Técnica da Seleção para os clubes, quanto dos clubes conosco. Eles trouxeram ideias que também nos fizeram refletir sobre o trabalho deles, entender mais a realidade dos clubes e o que as jogadoras têm como orientação nos seus respectivos times", avaliou.
A presença dos profissionais dos clubes da Série A1 foi vista como um passo importante para a integração e fortalecimento do futebol feminino no Brasil. A CBF proporcionou um ambiente de troca, que incluiu atividades na academia, treinamentos em campo e reuniões técnicas. Segundo Arthur Elias, o "feedback" recebido foi extremamente positivo e abriu portas para novas oportunidades de colaboração.
“Gostei muito do que foi feito aqui. Abre-se uma porta para outras oportunidades, mas especialmente para manter essa relação de troca de ideias, reflexões e cooperação entre todos, para o futebol feminino cada vez mais forte no nosso país”, finalizou.
"AUXILIARES PONTUAIS"
Nos dez dias de atividades da Seleção Brasileira Feminina na Granja Comary, a comissão técnica teve o apoio e o auxílio de três profissionais, convocados para vivenciar e contribuir com a rotina da Seleção. Luísa Parreiras, gerente de futebol feminino do Internacional, atuou como supervisora. Já a preparadora física do São Paulo, Camila Barros, e o treinador de goleiras do Palmeiras, Michel Recarti, trabalharam em suas áreas específicas.
O período de convívio com atletas e comissão técnica da Seleção Brasileira foi muito elogiado pelos profissionais. Luísa Parreiras exaltou a estrutura do CT da CBF e o profissionalismo dos integrantes da comissão técnica da Seleção Brasileira. Para ela, foi um privilégio esse convite para fazer parte dessa convocação.
Na foto: Camila Barros (preparadora física do São Paulo); Michel Recarti (preparador de goleiras do Palmeiras); Luísa Parreiras (gerente de futebol feminino do Internacional)Créditos: Rafael Ribeiro/CBF
“O que mais nos surpreende é o nível de excelência que eles buscam trabalhar todos os dias, em todos os momentos, na parte técnica, física, e também administrativa, que pude acompanhar mais de perto, tanto com a Cris (Gambaré), nossa coordenadora, quanto com a Rosangela (Bortolaz), a supervisora. Saio daqui admirada com a qualidade do trabalho feito na Seleção Brasileira”, declarou Luísa.
Camila Barros considerou a experiência como uma ótima oportunidade de troca de opiniões e de aprendizado.
“Foi uma oportunidade incrível. O que eu consegui viver aqui em dez dias foi um período de muito aprendizado, de muita interação com as atletas. Foi incrível ver o trabalho da Seleção Brasileira. Vou levar algumas coisas que observei aqui para o trabalho no clube, vai ser muito bom”, comentou.
Para Michel Recarti, que acumula a função de treinador de goleiras com a de auxiliar técnico do time adulto feminino do Palmeiras, os dias na Granja Comary também vão contribuir bastante para seu trabalho no clube.
“Foi uma experiência de grande valia, principalmente por tudo que aprendi em todos os departamentos, não só naquele para o qual fui designado aqui. Vou levar para o clube muitas estratégias interessantes de uma comissão técnica vitoriosa, de profissionais vitoriosos, e automaticamente vou extrair tudo que é de bom para reproduzir no Palmeiras”, disse.

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