Chefe de delegação, Geovani dividiu com grupo trajetória marcante na base da Seleção

Chefe de delegação, Geovani dividiu com grupo trajetória marcante na base da Seleção

Capixaba Geovani compartilhou suas experiências e conquistas dentro da Seleção Brasileira durante passagem pelo Torneio Internacional do Espírito Santo

Geovani é homenageado no Torneio Internacional Sub-20 do Espírito Santo Geovani é homenageado no Torneio Internacional Sub-20 do Espírito Santo
Créditos: Pedro Vale/CBF

O ano era 1980. Pela televisão, a voz marcante do locutor Léo Batista anunciava o gol do domingo, no programa Fantástico, da TV Globo. 'Gol do atacante Geovane, da Desportiva do Espírito Santo, de apenas 16 anos'. A façanha de um jogador tão jovem despertou a atenção do mundo da bola. Foi assim que o capixaba Geovani Silva entrou no radar da Seleção Brasileira e de grandes clubes, principalmente o Vasco da Gama, onde tornou-se ídolo e garantiu espaço para sempre no corações dos cruzmaltinos. 

Convidado para ser o chefe de delegação da Seleção Brasileira Sub-20 durante a disputa do Torneio Internacional do Espírito Santo, o ex-meio campista compartilhou essa e outras histórias com a comissão técnica e os jogadores convocados por Ramon Menezes durante o período em Vitória. 

O ambiente de Seleção Brasileira é muito natural para Geovani Silva. Foi justamente na categoria sub-20 que o camisa 8 se consolidou como o jogador diferenciado que surpreendeu o Brasil num domingo à noite. Geovani foi a grande estrela do primeiro título da Seleção Brasileira na Copa do Mundo FIFA Sub-20, em 1983, no México. Os mexicanos, aficionados pelo futebol brasileiro desde 1970, quando Pelé, Rivelino, Tostão, Jairzinho e cia levantaram o Tricampeonato presenciaram o nascimento de mais uma joia brasileira no mesmo palco daquela decisão épica: o Estádio Azteca. Geovani foi o Bola de Ouro da competição e o artilheiro, com seis gols marcados. 

Richarlison visita Seleção Sub-20 Capixabas Geovani e Richarlison nos bastidores do Torneio Internacional
Créditos: Pedro Vale / CBF

"Se eu posso dar um conselho para esses atletas, ele é: trabalhe e ouça muito. Tudo que você ouve é para o seu crescimento. Escute sempre quem está a sua volta no staff técnico. Alguém sempre está te olhando. Jogar na seleção é maravilhoso, é tudo que o jogador pretende", orientou Geovani. 

Meses antes de ganhar a Copa do Mundo Sub-20 de 83, Geovani também havia conquistado o Torneio Sul-Americano. O compartilhamento desta experiência foi fundamental para o grupo de Ramon Menezes, que se prepara justamente para essa competição, prevista para janeiro de 2023. O Brasil não consegue vencer o torneio desde 2011, na geração que tinha Neymar, Philippe Coutinho e Casemiro. 

"Já estou com saudade desses meninos. Que ambiente maravilhoso. Essa molecada é muito preparada. Eles têm objetivo. Não tenho dúvida que muitos deles chegarão à seleção principal. Quem não veio assistir aos jogos aqui no Kleber Andrade, vão lamentar em breve ao vê-los brilhando pelo mundo. Obrigado à CBF, ao Presidente Ednaldo Rodrigues, ao Branco e à Federação do Espírito Santo por proporcionarem esse momento. Estou vivendo uma ressurreição nestes dias. Essa homenagem me deixou muito feliz", agradeceu Geovani, que superou, recentemente, problemas delicados de saúde. Ele convive com sequelas e limitações físicas. Nada que diminuísse sua energia habitual. 

Pela Seleção Brasileira, o craque Geovani ainda conquistou a medalha de Prata nos Jogos Olímpicos de Seul, em 1988, e fez parte do grupo da Seleção Principal campeão da Copa América de 1989, no Brasil. No time de cima, o meio campista acumulou 23 jogos (Veja o histórico completo abaixo).

Atualmente, Geovani é vice-presidente da Federação De Futebol do Estado do Espírito Santo. Atua ativamente fora de campo para que outros meninos de ouro, assim como ele ficou conhecido nacionalmente, brotem pelos gramados capixabas.  

"Geovani trouxe uma leveza e generosidade à nossa delegação. Compartilhou suas histórias e cativou todo o grupo. Esteve presente em todos os momentos e só comprovou o porquê de ser tão amado pelo capixabas. É um grande cara. Foi uma honra reencontrá-lo. Dividimos dias muito produtivos", comentou Branco, coordenador das categorias de base da CBF. 

Branco, Geovani e Gustavo Vieira Branco entregou camisa personalizada a Geovani. À direita, o presidente da FES, Gustavo Vieira
Créditos: Pedro Vale/CBF

GEOVANI 
Nome: Geovani Silva.
Nascimento: 06/04/1964, Vitória (ES).
Posição: Meio Campo.

SELEÇÃO SUB-20 [1983]

Estatísticas: 12 jogos, 10 vitórias, 2 empates, 9 gols.
Títulos: Sul-Americano Sub-20 (1983); Mundial Sub-20 (1983)

Jogos:
1) 22/01/1983 - 3:0 EQUADOR           
2) 24/01/1983 - 3:0 COLÔMBIA          
3) 01/02/1983 - 1:0 CHILE             
4) 05/02/1983 - 3:0 BOLÍVIA (1)
5) 09/02/1983 - 0:0 URUGUAI           
6) 13/02/1983 - 3:2 ARGENTINA (2)
7) 04/06/1983 - 1:1 HOLANDA (1)
8) 06/06/1983 - 3:0 NIGÉRIA (1)
9) 09/06/1983 - 2:1 UNIÃO SOVIÉTICA (1)
10) 12/06/1983 - 4:1 TCHECOSLOVÁQUIA (2)
11) 15/06/1983 - 2:1 CORÉIA DO SUL    
12) 19/06/1983 - 1:0 ARGENTINA (1)

SELEÇÃO OLÍMPICA [1988]

Estatísticas: 10 jogos, 8 vitórias, 2 empates, 2 gols.
Títulos: Copa das Nações (1988), Camel Cup (1988), Medalha de Prata Jogos Olímpicos (1988). 

Jogos:
1) 24/08/1988 - 6:1 SELEÇÃO DE ALAGOAS (AL) (1)
2) 30/08/1988 - 1:1 ARGENTINA                
3) 03/09/1988 - 3:0 CF AMÉRICA (MEX)
4) 06/09/1988 - 3:2 CF AMÉRICA (MEX)
5) 07/09/1988 - 2:0 CD CHIVAS GUADALAJARA (MEX)
6) 18/09/1988 - 4:0 NIGÉRIA                  
7) 20/09/1988 - 3:0 AUSTRÁLIA                
8) 22/09/1988 - 2:1 IUGOSLÁVIA               
9) 25/09/1988 - 1:0 ARGENTINA (1)
10) 27/09/1988 - 1:1 ALEMANHA         

SELEÇÃO PRINCIPAL [1985 – 1991] 

Estatísticas: 23 jogos, 10 vitórias, 7 empates, 6 derrotas. 
Títulos: Torneio Bicentenário da Austrália (1988), Copa América (1989).
Gols: 5 (Falta: 1. Pênalti: 3). 
Cartão Amarelo: 1.

Jogos: 
1) 02/05/1985 - 2:0 URUGUAI 
2) 15/05/1985 - 0:1 COLÔMBIA 
3) 21/05/1985 - 1:2 CHILE 
4) 07/07/1988 - 1:0 AUSTRÁLIA
5) 10/07/1988 - 0:0 ARGENTINA
6) 13/07/1988 - 4:1 ARÁBIA SAUDITA (2)  
7) 17/07/1988 - 2:0 AUSTRÁLIA 
8) 28/07/1988 - 1:1 NORUEGA 
9) 31/07/1988 - 1:1 SUÉCIA 
10) 03/08/1988 - 2:0 ÁUSTRIA
11) 12/10/1988 - 2:1 BÉLGICA (2)  
12) 15/03/1989 - 1:0 EQUADOR
13) 08/06/1989 - 4:0 PORTUGAL
14) 16/06/1989 - 1:2 SUÉCIA
15) 19/06/1989 - 0:4 DINAMARCA
16) 21/06/1989 - 0:1 SUÍÇA 
17) 22/06/1989 - 0:0 AC MILAN (ITA) 
18) 01/07/1989 - 3:1 VENEZUELA (1)  
19) 03/07/1989 - 0:0 PERU 
20) 07/07/1989 - 0:0 COLÔMBIA 
21) 14/10/1989 - 1:0 ITÁLIA 
22) 14/11/1989 - 0:0 IUGOSLÁVIA 
23) 11/09/1991 - 0:1 GALES 

Fonte: Acervo e Memória CBF

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