Brasil buscará medalha de ouro inédita no futebol nos Jogos Rio 2016
A Seleção Brasileira ainda não tem o sonhado ouro, mas suas 12 participações nos Jogos Olímpicos renderam três medalhas de prata, duas de bronze e uma lista de craques inesquecíveis. Quando entrar em campo nas Olimpíadas Rio 2016, que começam daqui a 500 dias, o Brasil estará representando também os atletas que não alcançaram o topo do pódio, mas ajudaram a escrever a história do nosso futebol.
Chegamos à prata em Londres, Seul e Los Angeles. Já o bronze foi conquistado em Pequim e Atlanta. Essas campanhas foram premiadas com medalhas, mas outras edições nos trouxeram jogadores que marcaram época em seus clubes e na Seleção Brasileira. Em 1952, na cidade de Helsinque, Finlândia, a competição rendeu apenas o 5º lugar. Em compensação, revelou o talento de Larry, que seria campeão pan-americano de 1956, Vavá e Zózimo, ambos bicampeões da Copa do Mundo em 1958 e 62.
Nos Jogos Olímpicos de 1960, em Roma (Itália), caímos na primeira fase e, mesmo assim, ganhamos um ouro: a canhotinha de Gérson, que disputou aquela olimpíada e, dez anos mais tarde, brilhou na Copa do Mundo de 1970, no México. O nono lugar em Tóquio, no Japão, em 1964, nos trouxe Roberto Miranda, centroavante companheiro de Gérson no título mundial de 70.
A Seleção Brasileira ficou na 13ª colocação nas Olimpíadas de Munique, na Alemanha. Porém, aquele torneio de 1972 apresentou ao país os brilhantes Falcão e Dirceu, que vestiram a amarelinha em Copas do Mundo. A equipe tinha também Abel Braga começando sua trajetória como Abelão, zagueiro de 1,87m que conquistaria o Mundial de Clubes como técnico do Internacional.
Quando o Brasil voltou de Montreal, no Canadá, com o quarto lugar, não havia medalhas na bagagem, mas a campanha da Seleção Olímpica de 1976 deu mais experiência a jogadores de uma geração que encantou o planeta – Carlos (disputou as Copas de 78, 82 e 86), Edinho (82 e 86), Júnior (82 e 86) e Batista (78 e 82), além de Cláudio Coutinho, técnico, e na Copa do Mundo de 1978.
As lembranças da prata de Los Angeles seguem vivas na atual delegação, que está na Europa para os amistosos contra França e Chile. O time de 1984 contava com o coordenador de Seleções, Gilmar Rinaldi, e o técnico Dunga. Na mesma cidade, dez anos depois, os dois foram campeões da Copa do Mundo dos Estados Unidos.
O time que faturou a medalha de prata nos Jogos Olímpicos de Seul, na Coreia do Sul, também teve futuros tetracampeões no seu elenco: Taffarel, Jorginho, Bebeto e Romário. Além deles, o pódio prateado de 1988 contou com jogadores como Andrade e Neto.
Dos Estados Unidos à Inglaterra, a lista de medalhas e craques só aumentou. Em Atlanta (1996), bronze com Dida, Roberto Carlos, Aldair, Juninho Paulista, Rivaldo, Bebeto e Ronaldo. Nas Olimpíadas de Sidney, no ano 2000, na Austrália, despedida nas quartas de final e destaque para Hélton, Alex e os futuros pentacampeões Lúcio e Ronaldinho Gaúcho. Em Pequim (2008), novo bronze no peito e as aparições de Hernanes, Diego e do lateral-esquerdo Marcelo. Na última edição (2012), trouxemos de Londres a prata e a confiança em Thiago Silva, Marcelo, Oscar e Neymar.
2016? A preparação está em andamento e faltam 500 dias para descobrirmos o que nos guardam os Deuses do Olimpo.
BRASIL NOS JOGOS OLÍMPICOS – FUTEBOL MASCULINO
2012 (Londres, Inglaterra) – Medalha de Prata
2008 (Pequim, China) – Medalha de Bronze
2004 (Atenas, Grécia) – Não participou
2000 (Sidney, Austrália) – Quartas de final
1996 (Atlanta, Estados Unidos) – Medalha de Bronze
1992 (Barcelona, Espanha) – Não participou
1988 (Seul, Coreia do Sul) – Medalha de Prata
1984 (Los Angeles, Estados Unidos) – Medalha de Prata
1980 (Moscou, Rússia) – Não participou
1976 (Montreal, Canadá) – 4º lugar
1972 (Munique, Alemanha) – 13º lugar
1968 (Cidade do México, México) – 10º lugar
1964 (Tóquio, Japão) – 9º lugar
1960 (Roma, Itália) – Primeira fase
1952 (Helsinque, Finlândia) – 5º lugar