Jogadas da Seleção Feminina Sub-17 tiveram níveis altos de exigência na estreia diante do Japão. Números se assemelham ao futebol profissional
Uma estreia exigente. Foi assim que as jogadoras do Brasil começaram no Mundial Feminino Sub-17. Enfrentar a seleção do Japão não é uma tarefa fácil, uma equipe veloz, tradicional e muito obediente taticamente. O empate em 0 a 0, na última terça-feira (13), exigiu muito esforço e concentração da equipe brasileira, tanto que as médias fisiológicas avaliadas demonstram os altos níveis das atletas. O estudo através do sistema de GPS da StatSPORTS ajudam também a elaborar a dosagem de treinos e a recuperação das jogadoras para a sequência da competição, que tem apenas 72h de descanso de uma partida para a outra.
– Para uma estreia ontem contra uma seleção tradicional, que é a japonesa, nossa equipe se portou muito bem no jogo, teve uma exigência alta. A gente pega no futebol mundial e vê os níveis de quilometragem percorrida pelos atletas entre 10/11km, ontem a nossa volante, a Miriam, chegou aos 11 km na partida, isso é uma exigência muita alta para uma futebolista no feminino, ainda mais na sub-17. Então é uma exigência que só estando muito bem preparada para chegar nesse nível e conseguir essa intensidade durante todo o jogo - revela o fisiologista José França, responsável pelas avaliações das atletas na competição.
Comparados os números com as jogadoras da Seleção Principal Feminina percebe-se que sim, as jogadoras estão sendo muito exigidas. No último jogo amistoso do Brasil diante da França a atleta que mais correu foi a volante Formiga, com 10.659 km.
- Claro que esses valores variam muito em relação às dificuldades do jogo, esquema tático, adversários, mas comparativamente, o futebol está evoluindo muito e as meninas estão cada vez mais tendo uma exigência maior, por isso é importante os cuidados e a preparação física adequada - ressalta Luciano Capelli, fisiologista da Seleção Principal Feminina.
Em relação a velocidade máxima das atletas, os números também impressionam até mesmo comparados aos jogadores masculinos do profissional, onde a média é de 33km/h.
- A nossa extrema a Emily chegou a fazer ontem mais de 2km de sprint, então é um nível muito alto que pode equiparar ao masculino. A nossa lateral-esquerda, a Gisseli, conseguiu atingir uma velocidade de 30.5km/h, então chega muito próximo do atleta masculino. As nossas meninas estão muito bem preparadas o que nos deixa muito felizes para a sequência da competição no Mundial - revela França.
Para a sequência da fase de grupos do Mundial, as atletas seguirão com o nível de exigência alto. Enfrentarão seleções rápidas e fortes fisicamente, na próxima sexta-feira (16), a equipe do México, e na terça-feira (20), a África do Sul.