Gabi Rolnik destaca início de “novo capítulo” após estreia no Mundial Sub-17

No dia seguinte à vitória do Brasil por 3 a 0 sobre o Marrocos, na abertura da Copa do Mundo Feminina Sub-17 da FIFA, parte do elenco da Seleção Brasileira voltou ao gramado para um treino específico. As atividades foram direcionadas às jogadoras que atuaram por menos de 45 minutos na estreia. Entre elas, Gabi Rolnik, que entrou no fim do segundo tempo e viveu o momento mais especial da carreira até aqui: sua estreia em Copas do Mundo.

Aos 15 anos, a "caçula" entre as 21 convocadas fez sua primeira aparição no Mundial com a camisa da Seleção Brasileira. Ela descreve a emoção do momento em que ouviu seu nome ser chamado pela técnica Rilany Silva durante o aquecimento à beira do campo.

Gabi Rolnik em preparação para enfrentar a Costa Rica pela segunda rodada da fase de grupo do mundial Sub-17Créditos: Fabio Souza/CBF

“Eu estava ali pensando: “quem será que vai?” Quando a Rilany chamou “Rolnik e Ravena”, foi uma emoção que nem sei explicar. Acho que a ficha de que eu estava no Mundial demorou muito para cair”, conta.

Nascida em São Paulo, Rolnik se mudou para Portugal aos 8 anos, e foi lá que começou sua trajetória no futebol. Foi um time da escola que despertou o amor pelo esporte, mesmo jogando apenas com meninos. No Benfica, passou a atuar com meninas e começou a acompanhar de perto as convocações para seleções de base mas o coração já batia forte por outra camisa.

“Eu via as meninas sendo chamadas para a Seleção de Portugal, mas nunca tive o desejo de vestir aquela camisa. Quando comecei a ver Seleção Brasileira jogar, sentia algo muito forte dentro de mim”, relembra.

E o destino se encarregou de proporcionar o encontro que realizaria o sonho de Gabi Rolnik de representar o Brasil em campo. Nessa época, ao chegar ao Benfica, Gabi conheceu a treinadora Rilany, que trabalhou nas categorias de base femininas do clube português de 2019 até março de 2024. Ela ingressou no Sub-15 em 2022 e também passou a atuar pelo Sub-17, onde está integralmente desde 2023. Em março deste ano, Rilany assumiu o comando da Seleção Feminina Sub-17, e Rolnik lembra com detalhes do momento em que foi convocada pela primeira vez pela treinadora.

Rolnik, 15 anos, durante preparação para Copa do Mundo Sub-17 no MarrocosCréditos: Fabio Souza/CBF

“Quando tive minha primeira convocação, fiquei super feliz. A Rilany ligou para minha mãe para contar. Mostrou a Granja e falou: ‘Estou te mostrando porque você vai viver isso’. Lembro que estávamos todos na sala, chorando juntos. O apoio da minha família é absurdo. Eles fazem de tudo por mim”, relembra.

O Brasil entra em campo contra a Costa Rica nesta terça-feira (21), às 13h (horário de Brasília). Atenta aos próximos desafios no torneio, Gabi Rolnik afirma que a união será o diferencial da Amarelinha.

“É um capítulo novo aqui, em que eu sinto que a gente tem muito potencial para chegar no melhor contexto possível dentro desse Mundial. Eu acho que o diferencial é desligar de tudo o que está de fora e acreditar em nós."