A comissão técnica da Seleção Brasileira promoveu uma vivência inédita para as jogadoras da Amarelinha. O projeto "Integrar e Conectar" trouxe atividades como regência coral, percussão corporal, trabalhos de grupo e improvisação. Nayana Torres, especialista neste tipo de vivência, diz que a dinâmica ativa circuitos como os do futebol, como alinhamento de ritmo e tomada rápida de decisões.
Ler o espaço, antecipar movimentos, alinhar ritmo e tomar decisões em frações de segundo são atributos utilizados no dia a dia das jogadoras de futebol. Com o projeto “Integrar e Conectar”, os requisitos foram trabalhados de uma forma diferente, mas para ativar os mesmos circuitos.
“As atividades melhoram a percepção do tempo, afinam a escuta, fortalecem a sincronia e ampliam a conexão. Quando um time pulsa junto, seja no ritmo, no passe ou na criação coletiva, ele se torna mais coeso e mais preparado para responder aos desafios do jogo com criatividade e sincronia. Esta atividade é ideal para equipes que buscam fortalecer sua conexão dentro e fora de campo”, disse Torres.
Seleção Feminina em dinâmica de grupoCréditos: Lívia Villas Boas/CBF
Segundo a especialista, as técnicas de regência coral ajudam a conduzir, alinhar e harmonizar as participantes, enquanto a voz e a percussão corporal promovem conscientização do próprio corpo e criação de ritmos em grupo. “As dinâmicas de grupo incentivam a colaboração e o trabalho em equipe, e a improvisação permite que cada participante explore sua criatividade e espontaneidade”, explicou.
Seleção Feminina em dinâmica de grupo na Granja ComaryCréditos: Lívia Villas Boas/CBF
No olhar das jogadoras era possível ver o envolvimento e interesse nas dinâmicas. A zagueira Isa Hass destacou o quanto a experiência foi importante para o grupo. “Acho que a gente se conectou muito bem. É muito importante termos esses momentos de descontração, de muita risada também, mas de conexão. E não só de uma com a outra, mas do grupo inteiro. A gente trabalha muito com a unidade. E acho que esse trabalho que as meninas fizeram é de uma ajudar a outra, de um diálogo sem ser verbal. Acho que o próprio olhar”, explicou.