Seleção Feminina celebra conquista de medalha olímpica na França

Aos poucos, o sentimento após o revés para os EUA, na decisão do título do torneio feminino dos Jogos de Paris, no sábado (10), foi se transformando e antes mesmo da chegada ao hotel, duas horas após o término da partida, no Parque dos Príncipes, todas as jogadoras se apresentavam sorridentes e orgulhosas pela conquista da medalha de prata.

“Vocês merecem comemorar muito. Foram a uma final, com tantos obstáculos, lesões, acréscimos exagerados e muito brio honrando a camisa da Seleção Brasileira”, disse o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues.

Presidente Ednaldo Rodrigues e Antônia após a cerimônia de premiação no Parque dos PríncipesCréditos: Rafael Ribeiro/CBF

Na descida do ônibus, as atletas foram recebidas por Aline Pellegrino, medalhista em Atenas-04. Ela abraçava uma a uma e também os integrantes da comissão técnica.

“Vocês são medalhistas olímpicas. Orgulhem-se disso. Milhares e milhares de atletas queriam uma conquista igual. Parabéns!”, repetia Aline, que fez parte da geração do futebol feminino que chegou pela primeira vez ao pódio olímpico, em 2004, em Atenas, e atualmente é gerente de Competições da CBF.

Seleção Feminina é medalha de prataCréditos: Rafael Ribeiro/CBF

No hotel havia uma área reservada para os parentes e amigos das jogadoras, com muita música num ambiente bastante descontraído. Gabi Nunes dividia o tempo com o irmão Roberto e a cunhada Priscila. Eles vieram a Paris especialmente para ver a final.

“Estamos muito orgulhosos desse feito alcançado pela minha irmã, pela Seleção Brasileira. É uma alegria sem tamanho”, comentou Roberto, que tinha estado na primeira fase na França ao lado da mãe, dona Edineide. Eles tiveram que voltar ao Brasil, na oportunidade, por causa de obrigações de trabalho.

Gabi Portilho beija a medalha de prata dos Jogos Olímpicos de ParisCréditos: Rafael Ribeiro/CBF

Também descontraída, Yasmim, cercada por parentes, falava de como se deve valorizar a conquista da medalha de prata. “No Brasil, em algumas cidades e Estados, ninguém olha para o esporte. Aí, quando surge um atleta local que ganha projeção pelo esforço e dedicação aparece um monte de gente, montam palanque e tudo, e começa o bla-bla-bla.”

Ela acrescentou. “Estou tão feliz com essa medalha no peito. Não tenho nem palavras. Uma honra, um momento especial demais, nunca vou esquecer desse dia.”