Renovado, Yan quer aproveitar segunda chance com Brasil no Mundial Sub-17

Renovado, Yan quer aproveitar segunda chance com Brasil no Mundial Sub-17

Jovem lateral foi expulso na segunda rodada, mas garante que episódio serve de aprendizado para a sequência do Mundial, da carreira e da vida

08/11/19 - Treino da Seleção Brasileira Sub-17 no Estádio do Vila Nova 08/11/19 - Treino da Seleção Brasileira Sub-17 no Estádio do Vila Nova
Créditos: Alexandre Loureiro/CBF

Os últimos dias têm passado mais devagar para Yan. Nesta segunda-feira, o lateral da Seleção Brasileira voltará a atuar no Mundial Sub-17, depois de quase duas semanas de distância dos gramados. Desde que foi expulso contra a Nova Zelândia, na segunda rodada, ele tem acompanhado as vitórias do Brasil do lado de fora das quatro linhas. E todo esse tempo distante mexeu muito com ele.

Quando recebeu o cartão vermelho, Yan se dirigiu inconformado ao vestiário. Lá, encontrou os roupeiros Felipe e Marcelo, que lhe ofereceram palavras de consolo. Quando os jogadores desceram, recebeu mais um mar de apoio e compreensão. Dentro de campo, os atletas correram por ele e buscaram a vitória por 3 a 0. Punido com dois jogos de suspensão, o lateral conta as horas para poder voltar a fazer o que mais gosta.

- É um alívio poder voltar a jogar. Espero fazer um bom jogo, dar o meu melhor pela Seleção. Passa muita coisa pela cabeça. Todo o esforço que você faz para jogar e acabar sendo expulso... Foi um lance infeliz, mas tive muita ajuda da minha família e dos meus companheiros para superar tudo isso - revelou.


Do caminho do Bezerrão até o hotel, Yan pensou muito. Com a cabeça a milhão, revia o lance, pensava no que podia ter feito diferente, no que poderia ter evitado. Quando chegou à concentração da Seleção, deu de cara com Gilberto, Dayane, Julia e Antonella, seus pais, namorada e irmã, respectivamente. Naquele momento, Yan se sentiu em casa.

- Elas duas (a mãe e a namorada) estavam chorando, eu estava muito triste. O apoio deles foi muito grande e me ajudou muito. É um porto seguro. Eles são uma barreira às vezes de tudo que está lá fora. Eles estão sempre comigo, é um laço muito grande, forte, é a minha confiança. Porque são as pessoas que eu mais confio - disse.

A relação de Yan com sua família mudou muito de oito meses para cá. Foi quando nasceu Antonella, sua irmã caçula, que transformou a casa e a vida do jovem jogador. Sempre que está ao lado dela, Yan ostenta um sorriso largo. Até nos momentos mais difíceis, a presença dela muda o espírito do lateral.

Distante dos gramados, Yan viveu dias de muita tensão e nervosismo. Mas sempre que podia, pegava sua irmã no colo, esquecia os problemas e renovava as energias para seguir trabalhando.


- Sou muito apegado à Antonella, desde que ela nasceu. Quando chego do treino, dos jogos, de viagem, sempre fico com ela. Dá muita saudade e o tempo passa muito rápido, ela cresce muito. Eu a amo demais e é muito bom estar com ela no Mundial. Com a chegada dela, mudou tudo lá em casa. Mudou nossa rotina, nossa família. A gente brigava muito. Ela trouxe paz para nossa casa, me mudou muito também, porque eu me tornei mais apegado, mais carinhoso.

Com uma base como essa, é fácil de entender de onde Yan tira forças para tentar dar a volta por cima. O lateral não foge de sua responsabilidade: sabe que errou e poderia ter evitado tudo isso. Mas garante que a página está virada e que o episódio tem tudo para se tornar um grande aprendizado não só para sua carreira, como para sua vida:

- Acho que é um aprendizado para a minha carreira, vai ficar muito marcado, para que não se repita. Eu poderia ter evitado, mas já passou. Isso tudo me dá uma motivação a mais. Ficar tanto tempo fora foi uma coisa ruim, mas é um foco para que eu entre em campo no próximo jogo e faça uma grande partida.


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