Um dia de trabalho regenerativo na Seleção Brasileira Sub-17

Um dia de trabalho regenerativo na Seleção Brasileira Sub-17

Na reta final do Mundial Sub-17, comissão técnica redobra a atenção para o estado físico dos atletas, que terão apenas dois dias para se recuperar

Seleção Sub-17 encara a França na próxima quinta-feira (14) no Estádio Bezerrão às 20h Seleção Sub-17 encara a França na próxima quinta-feira (14) no Estádio Bezerrão às 20h
Créditos: Alexandre Loureiro/CBF

Você provavelmente já viu esta cena: jogadores de futebol, no dia seguinte a uma partida, se exercitam na piscina. É parte do que chamam de treino regenerativo. Mais leve, a atividade tem como objetivo recuperar os atletas após o desgaste de um jogo. Foi justamente assim que a Seleção Brasileira Sub-17 passou a tarde desta terça-feira.


Depois de eliminar a Itália com uma vitória por 2 a 0, a delegação viajou de volta para Brasília onde serão disputadas as duas últimas fases do Mundial Sub-17. O intervalo é curto. Já na próxima quinta-feira, a Seleção entra em campo para enfrentar a França nas semifinais. Com pouco tempo de recuperação, o foco é total para deixar os atletas na melhor condição possível para a decisão no Bezerrão.

- Levamos os atletas que começaram atuando no jogo para a piscina, fazer um trabalho de recuperação com os fisioterapeutas, liberação miofacial e após essa atividade eles vão fazer as botas recovery. Quem jogou pouco tempo e não atuou, trouxemos para a academia para fazer uma esteira de volume baixo e velocidade moderada e um trabalho de membro superior - explicou o preparador físico Arthur Peixoto.

Seleção Sub-17 encara a França na próxima quinta-feira (14) no Estádio Bezerrão às 20h Amil Lopes comanda atividade regenerativa na piscina
Créditos: Alexandre Loureiro/CBF

Uma das peças fundamentais dessa engrenagem são os dois fisioterapeutas da comissão técnica: Amil Lopes e Jorge Giongo. Os dois acompanham os jogadores nas atividades e, nesta terça-feira, estiveram no  comando do treino regenerativo feito na piscina do Hotel Mercure.

Fisioterapeuta do time profissional do Vasco da Gama, Amil está acostumado à rotina exaustiva de preparação para jogo e recuperação logo a seguir. O fisioterapeuta explicou um pouco da diferença entre trabalhar com jogadores profissionais e jovens ainda em formação.

- O principal efeito aqui (na piscina) é regenerar. Nessa reta final, teremos só dois dias entre um jogo e o outro. São atletas de 17 anos, então isso tudo não é igual ao profissional, que tem um tempo de recuperação mais rápido. A musculatura ainda está em fase de crescimento. 

O trabalho da preparação física começou bem antes da Copa do Mundo. No dia sete de outubro, os jogadores da Seleção se apresentaram na Granja Comary para uma série de exames. Comandados pelo fisiologista Sandro Graham, os testes tinham como objetivo recolher o maior número de informação possível sobre cada um.

A comissão técnica já tinha alguns dados dos atletas, de outras convocações e de conversas com seus clubes. Diante disso, fez avaliações para tentar chegar a um equilíbrio entre os atletas. Depois desse trabalho de preparação, o fisiologista acompanha as respostas dos atletas aos estímulos provocados pelos treinamentos e jogos.

- A gente já tem um padrão identificado de cada um deles, de acordo com outros momentos em que estiveram conosco. Assim que termina o jogo, já começo a extrair as informações do GPS. O relatório geralmente fica pronto no tempo do deslocamento do estádio para o hotel. A partir daí, cruzando com o que temos, podemos definir se fugiram ou não do padrão individual de cada um, para direcionar esse trabalho pós-jogo - destacou Sandro Graham.

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