Com vitória sobre o México na grande final, Seleção Brasileira garantiu o tetracampeonato do torneio. Título comemora seu primeiro aniversário nesta terça-feira (17).
Há um ano, a Seleção Brasileira comemorava o seu quarto título na Copa do Mundo FIFA Sub-17. Foi no dia 17 de novembro de 2019 que o Brasil derrotou o México por 2 a 1 no Estádio Bezerrão, no Gama (DF), e garantiu o tetracampeonato mundial da categoria.
A conquista encerrou um jejum de 16 anos sem títulos mundiais. O Brasil foi campeão mundial sub-17 em 1997, 1999, 2003 e, por fim, 2019, tornando-se o maior campeão mundial da categoria, ao lado da Nigéria. Na soma entre os títulos sub-17 e sub-20, a Seleção Brasileira é recordista de mundiais das categorias de base, com nove taças ao todo.
A caminhada para o título começou antes mesmo da bola rolar pelo Mundial Sub-17. Depois de, uma daquelas imprevisibilidades do futebol, não conseguir a vaga através do Sul-Americano Sub-17, o Brasil viu a oportunidade de sediar a competição após a desistência do Peru. Após esforço da entidade, a competição foi transferida para solo nacional, com a competição concentrada no Distrito Federal, em Goiânia e em Cariacica.
Após alguns cortes e desconvocações, o técnico Guilherme Dalla Déa finalizou sua lista de 21 atletas para o Mundial na semana anterior à competição. E com um bom presságio: no último teste antes da estreia, a Seleção Brasileira goleou os Estados Unidos por 4 a 1 na Granja Comary.
O placar, por sinal, se repetiu logo na estreia da Seleção Brasileira na Copa do Mundo Sub-17. No Bezerrão, o Brasil não tomou conhecimento do Canadá e abriu sua campanha na competição com uma convincente vitória por 4 a 1. Na rodada seguinte, foi a hora de derrotar a Nova Zelândia, desta vez por 3 a 0. Fechando bem sua participação no Grupo A, o Brasil garantiu a vaga como primeiro do grupo ao vencer Angola por 2 a 0 na terceira rodada.
Gabriel Veron marcou contra Angola, pela terceira rodada.
Créditos: Alexandre Loureiro/CBF
O mata-mata começou com um duelo de tirar o fôlego do torcedor brasileiro. Contando com o apoio do Bezerrão lotado, o Brasil chegou a sair na frente, tomou a virada, mas buscou uma suada vitória por 3 a 2 sobre o Chile para avançar na competição. Mas a alegria pela classificação foi ofuscada por uma baixa no elenco brasileiro. O atacante Talles Magno sentiu lesão muscular e teve de deixar o grupo brasileiro em Brasília.
Na primeira partida, contra a Itália, Guilherme Dalla Déa decidiu usar Pedro Lucas como substituto de Talles no time titular. Com uma boa exibição do jovem do Grêmio, a Seleção Brasileira passou com autoridade para a semifinal, após derrotar a Itália por 2 a 0 nas quartas.
A disputa pela vaga na final seria contra uma das sensações da Copa do Mundo. O chaveamento colocou a França no caminho do Brasil. Os europeus derrotaram a Espanha por 6 a 1 nas quartas e chegaram cheios de moral para a partida. Logo no começo, mostraram porque eram um time tão badalado. Em menos de 15 minutos, a França abriu 2 a 0 e ameaçou o sonho do título brasileiro. No segundo tempo, porém, o Brasil buscou uma heroica virada, com gols de Kaio Jorge, Gabriel Veron e Lázaro.
Lázaro comemora o gol da vitória por 3 a 2 sobre a França.
Créditos: Alexandre Loureiro/CBF
Na grande final, o Brasil precisaria superar um forte adversário e uma pedra no sapato em competições de base. Tradicional, o México se classificou após eliminar os Países Baixos nos pênaltis. Assim como na semi, a Seleção Brasileira saiu atrás. Os mexicanos abriram o placar aos 21 minutos do segundo tempo, com González. Da marca da cal, Kaio Jorge deixou tudo igual aos 39.
E coube a Lázaro mais uma vez brilhar no momento decisivo. Aos 48 minutos, praticamente no último lance da partida, o meia-atacante recebeu cruzamento milimétrico dentro da área, bateu de primeiro e estufou a rede mexicana. Gol, título e festa brasileira no gramado do Bezerrão!
Além da conquista do título, o Brasil ainda levou algumas das premiações individuais da Copa do Mundo Sub-17. Terceiro maior artilheiro, com cinco gols, Kaio Jorge levou a Chuteira de Bronze. Eleito melhor goleiro da competição, Matheus Donelli ficou com a Luva de Ouro. E, para completar, o atacante Gabriel Veron foi eleito o craque da competição e foi premiado com a Bola de Ouro da Copa do Mundo.
A campanha
Primeira fase
Brasil 4 x 1 Canadá - Bezerrão, Gama (DF)
Gols: João Peglow (2), Franklin (contra) e Veron
Brasil 3 x 0 Nova Zelândia - Bezerrão, Gama (DF)
Gols: Kaio Jorge, Talles Magno e Diego Rosa
Brasil 2 x 0 Angola - Bezerrão, Gama (DF)
Gols: Talles Magno e Veron
Oitavas de final
Brasil 3 x 2 Chile - Bezerrão, Gama (DF)
Gols: Kaio Jorge (2) e Diego Rosa
Quartas de final
Brasil 2 x 0 Itália - Bezerrão, Gama (DF)
Gols: Patryck e João Peglow
Semifinal
Brasil 3 x 2 França - Bezerrão, Gama (DF)
Gols: Kaio Jorge, Veron e Lázaro
Final
Brasil 2 x 1 México - Bezerrão, Gama (DF)
Gols: Kaio Jorge e Lázaro
Os campeões
Goleiros
Cristian
Marcelo Pitaluga
Matheus Donelli
Laterais
Gustavo Garcia
Patryck
Yan Couto
Zagueiros
Gabriel Noga
Henri
Luan Patrick
Renan
Meio-campistas
Daniel Cabral
Diego Rosa
João Peglow
Matheus Araújo
Pedro Lucas
Sandry
Talles Costa
Atacantes
Gabriel Verón
Kaio Jorge
Lázaro
Talles Magno