Com ajuda dos auxiliares, Dalla Déa colhe frutos do trabalho em equipe na Seleção Sub-17

Com ajuda dos auxiliares, Dalla Déa colhe frutos do trabalho em equipe na Seleção Sub-17

Ao lado de Phelipe Leal e Dudu Patetuci, técnico do Brasil chega ao momento mais importante de um processo que começou há mais de dois anos

Dia 13/11/19 - Treino no CT do Brasiliense - Seleção Brasileira Sub-17 Dia 13/11/19 - Treino no CT do Brasiliense - Seleção Brasileira Sub-17
Créditos: Alexandre Loureiro/CBF

É véspera de jogo. Na sala reservada para a comissão técnica, Guilherme Dalla Déa está inquieto. Ao seu lado estão Phelipe Leal e Dudu Patetuci, auxiliares técnicos do treinador na Seleção Brasileira Sub-17. O trio discute o planejamento para a partida seguinte, uma rotina que tem dado certo para o Brasil no Mundial.

A relação de Dalla Déa com seus dois auxiliares não começou nesta Copa do Mundo. Já são anos de um entrosamento que passa de fora para dentro do campo. Afinal, se os três não jogam, o entendimento entre eles tem ajudado, e muito, os meninos brasileiros a ter um bom desempenho no Mundial.

- Não tenho o que falar do Phelipe e do Dudu. São dois amigos antes de mais nada. Nunca chamei os dois de auxiliares, porque são treinadores que estão agregando nesses 35 dias de trabalho. E que estão conosco nesse momento tão importante - disse Dalla Déa.

O trabalho é quase ininterrupto com os três. Dudu fica mais responsável pela análise dos adversários. Está em contato direto com os observadores e analistas de desempenho, elabora relatórios e passa para Dalla Déa. Com ele, debate estratégias para os jogos e treinos do Brasil, de acordo com as características que o time enfrentará.

Já Phelipe Leal fica mais com a própria Seleção Brasileira. Faz parte da sua função identificar posturas que precisam ser corrigidas, comportamentos táticos e técnicos que podem ser aprimorados. Todo esse trabalho faz com que Dalla Déa se sinta ainda mais seguro para tomar as decisões. A única lamentação do treinador é não ter um pouco mais de tempo para trabalhar.

- Se tivéssemos 25 horas por dia, seria fantástico para todos nós. Eu ouço muito as pessoas. É claro que tem momentos em que tenho que tomar minha decisão, mas tenho sempre segurança daquilo que estou fazendo por ter comigo dois grandes profissionais. Tenho muito a agradecer a eles por estarem aqui, nos engrandecendo com as suas experiências - pontuou o treinador.

Integração dentro da base


A comissão técnica da Seleção Sub-17 não é fixa. Isso quer dizer que a maioria de seus integrantes, assim como os jogadores, foram "convocados" para o Mundial. Um desses selecionados, no entanto, já estava bem familiarizado em vestir a camisa da Seleção Brasileira.

Treino da Seleção Sub-17 no Abadião em Brasília - 24-10-19. CPA. Talles Costa e Eduardo Patetuci Dudu conversa com Talles Costa durante treino da Seleção Sub-17
Créditos: Alexandre Loureiro/CBF

Dudu Patetuci é técnico das equipes sub-16 e sub-18 da Seleção Brasileira e foi chamado para reforçar a comissão técnica durante a Copa do Mundo. Com muita experiência em futebol de base, Dudu lembrou do convite que recebeu de Branco, Coordenador das Seleções de Base, para participar deste projeto.

- O Branco resolveu trazer mais um auxiliar para fortalecer ainda mais a equipe. Sou mais uma pessoa pensando e ajudando na elaboração dos treinos, vendo o adversário, planejando conjuntamente. Isso agrega bastante, tenho bastante experiência também, dentro e fora do campo. Eu já conhecia o Guilherme e o Phelipe há um bom tempo e isso é muito legal porque temos uma conexão e afinidade muito boa.

Um coração Leal


Não é difícil notar Phelipe Leal durante um treino da Seleção Sub-17. Não importa a atividade, lá está a voz incansável do auxiliar, incentivando, corrigindo, esbravejando e comemorando os lances de seus atletas. Leal não tem vergonha de colocar o coração na ponta do apito na ora de trabalhar.

Ele tem a responsabilidade de observar os jogadores brasileiros e leva isso imediatamente para dentro de campo, mas não é só dentro de campo que sua influência é sentida. Ele também sabe ser o cara que levanta os jogadores, que anima o ambiente, quando necessário.

Seleção Masculina Sub-17 treina na Granja Comary para o Mundial - 15/10/2019. Phelipe Leal Phelipe Leal durante atividade com os jogadores na Granja Comary
Créditos: Thais Magalhães/CBF

Enquanto Dudu é técnico da Seleção, Phelipe Leal traz consigo a experiência à frente de seu trabalho no Flamengo, onde foi campeão brasileiro da categoria esse ano. Com dois profissionais diferentes, mas igualmente competentes, Dalla Déa está muito bem servido para comandar a Seleção Brasileira.

- A minha função aqui é simplesmente complementar e dar as informações necessárias para que o professor Guilherme tenha a leitura geral para poder tomar as melhores decisões. Nosso trabalho enquanto comissão técnica especialmente na função de auxiliar, é literalmente servir, no sentido de preparar. Sou mais um colaborador, é assim que eu me coloco quando percebo que eu posso contribuir de alguma forma - disse Leal.

A Seleção Brasileira entra em campo nesta quinta-feira pela semifinal do Mundial Sub-17. No Bezerrão, às 20h, o Brasil enfrenta a França por uma vaga na final. A partida terá transmissão ao vivo do Sportv e será acompanhada em tempo real nas redes sociais da CBF. 

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