Paulo Henrique concedeu à CBF TV sua primeira entrevista como um jogador da Seleção Brasileira. Destaque do Vasco nesta temporada, o lateral-direito de 29 anos foi premiado com sua primeira convocação para a Amarelinha e não esconde o orgulho e a felicidade de poder representar seu país.
“O sentimento é de sonho realizado, um sonho de criança, de toda a minha família, de todo mundo que me acompanha, dos meus amigos, de todo mundo que sonhou esse momento comigo. Estou realmente muito feliz, cansado realmente porque foi tudo muito corrido, a viagem foi muito longa, mas nada que ultrapasse o sentimento de gratidão a Deus e de alegria por estar representando a Seleção”, contou.
Paulo Henrique durante treino pela Seleção em campo anexo ao Estádio de GoyangCréditos: Rafael Ribeiro / CBF
Chamado para o lugar de Wesley, lesionado, o paulista de Sete Barras imaginava que teria os nove dias da Data FIFA de outubro para descansar com sua família em Santa Catarina, onde moram os familiares de sua esposa. Assim que o avião pousou, a notificação tocou em seu celular de que teria que refazer as malas para embarcar rumo à capital sul-coreana, Seul.
“A gente havia jogado pelo Campeonato Brasileiro e depois ia ter a parada (para a Data FIFA), então peguei dois dias de folga e viajei. Saí do jogo, fui direto ao aeroporto e fui para Santa Catarina para passar uns dias com a família. Quando o avião pousou, recebi a ligação, daí foi aquela alegria toda, aquele susto de início para avisar a minha esposa e família que estava, me esperando lá. E falei: ‘vou ter que voltar porque fui convocado’ “, disse.
“Foi uma alegria imensa de todo mundo e começou a correria para voltar, buscar as coisas, enfim, mas eu estava realmente dentro do avião na hora em que eu recebi a notícia”, completou.
Paulo Henrique está em sua primeira convocação com a Seleção BrasileiraCréditos: Rafael Ribeiro / CBF
Ele é uma das opções do técnico Carlo Ancelotti para os amistosos com a Coreia do Sul e o Japão, visando à preparação para a Copa do Mundo. O duelo com os sul-coreanos será nesta sexta-feira (10), às 8h (de Brasília), no Estádio da Copa do Mundo de Seul, enquanto o jogo com os japoneses acontecerá na terça (14), às 7h30 (de Brasília), em Tóquio.
“É uma oportunidade muito legal. Se eu tiver a oportunidade de jogar, vou tentar abraçar essa chance da melhor maneira possível, estudar bastante as seleções, entender como jogam e procurar explorar as brechas que deixarem. Temos todo um staff que vai nos passar o caminho, as melhores informações e funções táticas. Quero aproveitar bem o meu tempo aqui e aprender bastante”, comentou.
Confira outros pontos da entrevista:
Evolução na carreira
Sempre sonhei com isso. Sempre tive esse objetivo e sonho no meu coração. Claro que quanto mais o tempo passa, mais as coisas demoram a acontecer, e a gente vê esses sonhos ficando mais distante. Passei por clubes do interior de Santa Catarina, do Paraná, mas Deus sempre me sustentou em todos os momentos. Fui subindo degrau por degrau, até chegar no Vasco e até aqui hoje.
Paulo Henrique durante treino pela Seleção em campo anexo ao Estádio de GoyangCréditos: Rafael Ribeiro / CBF
Importância do Vasco
O Vasco, não falo o principal porque o principal realmente foi Deus que fez tudo acontecer, mas me proporcionou aprender e evoluir. Vestir essa camisa pela terceira temporada seguida tem me feito evoluir bastante. Acho que se eu não estivesse vestindo a camisa do Vasco e tendo confiança, jogando e me desenvolvendo, acho que eu não estaria aqui hoje. Tenho muita gratidão ao Vasco por me proporcionar isso também.
Carinho dos torcedores
Tenho muita gratidão a todo mundo que pediu, a quem me encontrava na rua e falava: ‘Você merece estar na Seleção’. Era um sinal de que o trabalho vinha sendo bem feito e que eu estava aguardando a minha oportunidade. Claro que a gente nunca quer que um companheiro de profissão se machuque, infelizmente todos nós estamos expostos a isso. Agora estou aqui e espero aproveitar bem a minha oportunidade.
__twitter:https://x.com/CBF_Futebol/status/1976030040325488772__
Carlo Ancelotti
É uma expectativa muito grande, por tudo que ele conquistou, tem uma bagagem e uma experiência muito grandes, é um excelente treinador. Treinou o Real Madrid e não ganhou cinco Champions Leagues à toa. Me recebeu e me tratou super bem desde o início, tem me passado o que ele quer e o trabalho dele. É uma satisfação enorme trabalhar com o treinador da grandeza do Ancelotti.
Inspirações
Nós temos o Cafu, que, se não foi o maior da história, foi um dos maiores, mas acredito que foi o maior lateral da história. O Maicon também era um excelente jogador. Esses dois são referências não só para mim, mas para todos os laterais do Brasil e do mundo.