Da solidão em 2016 a Tóquio 2020: Nino recorda dificuldades até Olimpíada

Da solidão em 2016 a Tóquio 2020: Nino recorda dificuldades até Olimpíada

Zagueiro falou sobre a responsabilidade de vestir a Amarelinha e destacou a emoção em ser convocado.

09/07 - Nino em treino da Seleção Olímpica no CT do Palmeiras 09/07 - Nino em treino da Seleção Olímpica no CT do Palmeiras
Créditos: Marco Galvão/CBF

Nos Jogos Olímpicos de 2016, a Seleção Brasileira conquistou o ouro dentro de casa, na final contra a Alemanha. Naquela época, o zagueiro Nino estava iniciando a sua carreira, na base do Criciúma, e torcia para o Brasil assistindo aos jogos pela televisão. Desta vez, Nino estará realizando um sonho e viverá os Jogos Olímpicos de Tóquio sentindo na pele a responsabilidade de vestir a Amarelinha na defesa do ouro olímpico.

Em coletiva de imprensa realizada nesta segunda-feira (12), na Sérvia, Nino relembrou seu passado difícil até ser reconhecido no futebol, descreveu a emoção em disputar sua primeira Olimpíada, e disse que espera deixar seu legado. 

“Vestir essa camisa é um sentimento indescritível. É uma mistura de honra com gratidão. Passa um filme na minha cabeça sobre tudo o que, nós, jogadores, passamos. Todas as dificuldades. Muitas vezes as pessoas não entendem isso. Eu saí cedo de casa, com 14 anos, deixei meus pais e fui morar em outra cidade. Então estou muito honrado e grato em estar aqui. Um sentimento bom de responsabilidade. É uma felicidade representar essa camisa de tanta história. Nós esperamos deixar um legado, um sentimento bom nas pessoas que torcem por nós e que, no final, o nome do Brasil seja exaltado mais uma vez”, relatou.

Ao longo da preparação para a Olimpíada, Nino se manteve presente em duas listas do técnico André Jardine. O zagueiro mostrou sua diferença na equipe durante o Torneio Pré-Olímpico, disputado na Colômbia, em 2020. Nesta competição, o Brasil se manteve invicto ao longo das sete partidas disputadas, vencendo a Argentina por 3 a 0 no quadrangular final. Foi devido ao ótimo desempenho no torneio que a Seleção assegurou a vaga nos Jogos de Tóquio. Na entrevista, Nino, que atualmente joga no Fluminense, destacou o peso deste momento para a sua convocação e para a sua afirmação como profissional.

“O Torneio Pré-Olímpico na Colômbia teve muito peso. É claro que foi só uma etapa do processo, mas passamos 40 dias juntos ali. Foi muito tempo de treinamento. Nós tentamos ao máximo nos adaptar e fazer as coisas que o professor Jardine e toda a comissão pediam. Carreguei muito da Colômbia para a minha sequência no Fluminense. Tenho certeza que isso fez toda a diferença e contribuiu de uma maneira enorme para que eu esteja aqui hoje”, afirmou Nino.

Uma adversidade encarada pelo técnico Jardine foi a desconvocação do zagueiro Gabriel Magalhães, que sofreu uma lesão no joelho direito. Ricardo Graça, também presente no Torneio Pré-Olímpico, foi chamado para substituí-lo. Agora completa os nomes da zaga com Nino, Diego Carlos e Bruno Fuchs. Nino lamentou as baixas na equipe e falou que o entrosamento na linha defensiva será desenvolvido dentro de campo. O jogador também disse estar sendo ajudado pela experiência de Daniel Alves e Diego. 

“Nós lamentamos muito as baixas. Por outro lado, agradeço muito por estar aqui. Acho que o entrosamento é desenvolvido no campo, no dia a dia. Cada um chega aqui representando o modo de trabalhar no seu clube. Mas o professor Jardine é muito claro sobre o que deseja de cada um de nós. A gente tem tentado conversar, entender o que devemos fazer para estarmos fortes e juntos. Tanto o Diego quanto o Daniel são jogadores muito experientes e têm facilitado muito para mim”, explicou.

Com 18 convocados à sua disposição, Jardine começa a montar equipe para os Jogos de Tóquio. Nino e Diego Carlos Nino e Diego Carlos em treino da Seleção Olímpica no CT do Palmeiras
Créditos: Marco Galvão/CBF

Nino falou sobre a responsabilidade em encarar adversários igualmente fortes, com jogadores mundialmente reconhecidos, nos Jogos. O jogador disse que será uma competição disputada, de nível elevado, mas acredita que a Seleção está preparada para conquistar o primeiro lugar do pódio.  

“O nível da competição vai ser elevado. Temos nomes conhecidos mundialmente em todas as Seleções, inclusive a nossa, que vem muito forte. Então tem tudo para ser uma competição especial, de alto nível, e temos nos preparado para isso. Temos a ciência de que vai ser necessário dar o nosso melhor em todos os jogos, representando muito bem a camisa que nós vestimos, para no final sermos campeões”, encerrou.

 

PATROCINADORES

Seleção Brasileira Nike Guaraná Antartica Vivo Itaú Neoenergia Mastercard Gol Cimed Pague Menos TCL Semo Technogym Core Laser Mectronic Kin Analytics