Campeões da década: a campanha do Santos rumo ao tri da Libertadores

Campeões da década: a campanha do Santos rumo ao tri da Libertadores

Após 48 anos de espera, Neymar e elenco de 2011 recolocaram o Santos no topo da América

No Pacaembu, o Santos venceu o Peñarol por 2 a 1 e soltou o grito de campeão No Pacaembu, o Santos venceu o Peñarol por 2 a 1 e soltou o grito de campeão
Créditos: Ricardo Saibun/Santos

O futebol brasileiro e outros importantes campeonatos do mundo estão parados por conta da pandemia do Covid-19. Para ajudar a passar o tempo nesse período de luta contra o vírus, destacamos os títulos internacionais dos clubes brasileiros na última década para tentar diminuir a saudade do esporte mais popular do país.

Hoje, a história vai mexer com o coração santista. Chegou a hora de relembrar a trajetória do Santos na Libertadores de 2011. Uma campanha que começou com uma quase eliminação na fase de grupos e que terminou com o tricampeonato do torneio. Além de conquistar o topo da América, o título colocou o Peixe na briga pela Recopa do ano seguinte. E o final foi o mesmo: vitória contra a Universidad de Chile e mais uma taça para a sala de troféus do Alvinegro. 

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Início conturbado e volta por cima

O início da caminhada não foi nada fácil. Empates contra Deportivo Táchira-VEN e Cerro Porteño-PAR, e uma derrota diante do Colo-Colo-CHI colocaram em risco a classificação alvinegra. Na quarta rodada, novamente contra os chilenos, um duelo de altos e baixos, com direito a expulsões, cinco gols e uma pintura de Neymar, que aos 19 anos já encantava o mundo com a bola nos pés. Ao apito final, Vila Belmiro em festa e, enfim, o Santos conquistava a primeira vitória: 3 a 2.

Depois de três jogos sem vitória, o Santos bateu o Colo-Colo, em jogo de cinco gols e expulsões na Vila Belmiro Depois de três jogos sem vitória, o Santos bateu o Colo-Colo, em jogo de cinco gols e expulsões na Vila Belmiro
Créditos: Ricardo Saibun/Santos

O triunfo foi importante, mas estava longe de ser suficiente. No confronto seguinte, diante do Cerro Porteño, Muricy Ramalho estreava na competição no comando do Peixe. Mas não era uma estreia qualquer. O jogo era de vida ou morte, fora de casa e a equipe titular teria três desfalques: Neymar, Elano e Zé Eduardo. Tudo isso no dia do aniversário do clube. Problemas só no papel. Com grande atuação de Paulo Henrique Ganso e gols de Danilo e Maikon Leite, o Alvinegro venceu por 2 a 1. No último jogo da fase de grupos, veio a terceira vitória consecutiva: 3 a 1 contra o Deportivo Táchira e vaga assegurada para as oitavas de final. 

No último jogo da fase de grupos, triunfo por 3 a 1 diante do Deportivo Táchira-VEN e classificação carimbada para o mata-mata No último jogo da fase de grupos, triunfo por 3 a 1 diante do Deportivo Táchira-VEN e classificação carimbada para o mata-mata
Créditos: Divulgação/Santos

Sequência invicta no mata-mata e a taça cada vez mais perto

O começo do mata-mata foi bem diferente. Na partida de ida das oitavas de final, Ganso brilhou mais uma vez e garantiu o triunfo por 1 a 0 diante do América-MEX. No segundo jogo, em Queretaro, Rafael foi quem teve noite inspirada. O goleiro foi decisivo debaixo das traves, segurou o 0 a 0 e manteve o Santos vivo na briga pela taça. 

Ganso marcou o único gol da vitória santista diante do América-MEX pelo jogo de ida das oitavas de final Ganso marcou o único gol da vitória santista diante do América-MEX pelo jogo de ida das oitavas de final
Créditos: Divulgação/Santos

Pelas quartas, o duelo contra o Once Caldas-COL teve Neymar como o personagem principal. No jogo de ida, o camisa 11 orquestrou o time e deu passe para o gol de Alan Patrick. Na volta, o atacante deixou o dele, aos 11, mas viu a equipe colombiana empatar a partida ainda no primeiro tempo. Foi aí que a tensão tomou conta do Pacaembu. Enquanto o Alvinegro desperdiçava as oportunidades, os visitantes rezavam por uma chance, que não veio, para o alívio do torcedor. 

Nas quartas, contra o Once Caldas, Neymar também deixou o dele. O que o craque estava planejando nessa hora? Nas quartas, contra o Once Caldas, Neymar também deixou o dele. O que o craque estava planejando nessa hora?
Créditos: Ricardo Saibun/Santos

Na semifinal, o Santos reencontrou o Cerro Porteño. O torcedor lotou mais uma vez o Pacaembu e em troca viu mais um show de Neymar. Foi dele também o cruzamento na medida para o gol de Edu Dracena: 1 a 0. No segundo jogo, três gols para cada lado e muita emoção até os últimos segundos. Mas o empate servia. A final já era realidade e o título já não estava mais tão distante.

No reencontro com o Cerro Porteño, Edu Dracena colocou o Santos em vantagem no jogo de ida. Na volta: 3 a 3 e vaga na final assegurada No reencontro com o Cerro Porteño, Edu Dracena colocou o Santos em vantagem no jogo de ida. Na volta: 3 a 3 e vaga na final assegurada
Créditos: Ricardo Saibun/Santos

Após 48 anos, Santos volta a reconquistar a América

Enfim, a grande final. Em Montevidéu, no Uruguai, o início da decisão diante do Peñarol não teve brilho nem gols. E o empate no jogo de ida deu contornos ainda mais dramáticos ao segundo confronto. Era tudo ou nada. O primeiro tempo no Pacaembu também terminou sem bola na rede. Até que o craque apareceu. Depois de ótima jogada entre Arouca e Ganso, Neymar finalizou certeiro: 1 a 0.

E não podia faltar a tradicional foto do time tricampeão da Libertadores E não podia faltar a tradicional foto do time tricampeão da Libertadores
Créditos: Divulgação/Santos

O segundo do Peixe veio pelos pés do vice-artilheiro da equipe no torneio: Danilo saiu em velocidade, deixou a marcação para trás e bateu colocado para fazer 2 a 0. Os uruguaios ainda diminuíram a vantagem alvinegra. Mas era só um susto passageiro, que sumiu em meio aos gritos de campeão que se multiplicavam nas arquibancadas. Entre os torcedores, ninguém menos que o Rei. O tri veio 48 anos depois. Antes disso, só o Santos de Pelé tinha conquistado a América, em 1962 e 1963.  

Depois de conquistar a América dentro de campo, Pelé vibrou das arquibancadas com o terceiro título do Peixe Depois de conquistar a América dentro de campo, Pelé vibrou das arquibancadas com o terceiro título do Peixe
Créditos: Ricardo Saibun/Santos

Relembre a trajetória do título jogo a jogo:

Primeira Fase:
Deportivo Táchira-VEN 0 x 0 Santos
Santos 1 x 1 Cerro Porteño-PAR
Colo-Colo-CHI 3 x 2 Santos
Santos 3 x 2 Colo-Colo-CHI
Cerro Porteño-PAR 1 x 2 Santos
Santos 3 x 1 Deportivo Táchira-VEN

Oitavas de final:
Santos 1 x 0 América-MEX
América-MEX 0 x 0 Santos

Quartas de final:
Once Caldas-COL 0 x 1 Santos
Santos 1 x 1 Once Caldas-COL

Semifinal:
Santos 1 x 0 Cerro Porteño-PAR
Cerro Porteño-PAR 3 x 3 Santos

Final:
Peñarol-URU 0 x 0 Santos
Santos 2 x 1 Peñarol-URU

Santos supera a Universidad de Chile e fatura a Recopa Sul-Americana

Pela Recopa 2012, o Santos encarou a Universidad de Chile. E depois do empate em 0 a 0 no jogo de ida, o Peixe venceu em casa por 2 a 0 e faturou mais um título Pela Recopa 2012, o Santos encarou a Universidad de Chile. E depois do empate em 0 a 0 no jogo de ida, o Peixe venceu em casa por 2 a 0 e faturou mais um título
Créditos: Ivan Storti/Santos

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