Há 47 anos no clube Antônia Porfírio Lima, ou simplesmente Toinha, se tornou um símbolo do Fortaleza
As palavras "minha vida está nesse clube" retratam de forma fiel a relação de Antônia Porfírio Lima, 74, com o Fortaleza. Funcionária do Tricolor há quase 47 anos, Toinha, como é conhecida, tornou-se também uma torcedora-símbolo do time. Com uma fé inabalável, ela acreditou, prometeu e cumpriu. Contra o Tupi, depois de assistir ao segundo tempo pela primeira vez desde que trabalha no clube, comemorou o acesso à Série B 2018 atravessando o campo de joelhos como forma de agradecimento.
- Foi o meu momento de maior emoção no clube e foi a primeira vez nesses anos todos que eu vi o segundo tempo de uma partida porque eu costumo descer para arrumar o vestiário. Mas dessa vez a frente do vestiário dava para o campo e eu consegui assistir.
A imagem emblemática eternizou um momento único de quem não mede esforços para ajudar o time. Num trabalho sem holofotes, mas de importância incalculável Toinha se faz presente. Encara ônibus, avião e a aventura que precisar para estar sempre por perto.
- Além de ser auxiliar de nutrição eu tenho muito amor. E amor não precisa de diploma. Pelo Fortaleza eu faria qualquer coisa a qualquer hora. Minha vida está nesse clube, lá é minha casa a outra só serve para dormir.
Mas se engana quem pensa que ela se restringe ao extra campo. Desde 2010 na Série C, o Tricolor do Pici finalmente se garantiu entre os quatro finalistas e foi além chegando a grande decisão diante do CSA. E para Dona Antônia a receita para conquistar o título, o primeiro a nível nacional da história do clube, é uma só:
- Tem que pegar o coração e colocar no bico da chuteira.