Campeão com o Cuiabá, goleiro teve atuação importante para o resultado no tempo normal
Antes de cada cobrança de pênalti, Victor Souza falava consigo mesmo. Como quem passava instruções, ele conversava e olhava para cima, colocando a fé em suas luvas. Ao ficar embaixo da trave, gritava para os adversários. A pressão deu certo e fez o Paysandu desperdiçar duas chances. Em uma disputa de pênaltis nervosa após vitória heroica no tempo normal, foi a vez do Cuiabá levantar a taça da Copa Verde nesta quarta-feira (20), no Mangueirão.
- Primeiramente agradeço a Deus. Eu acreditava desde o jogo de lá. Foi difícil ter tomado 1 a 0 em casa, sabíamos que seria complicado aqui como foi. Porém, desde a virada para o intervalo eu já glorifiquei Deus pelo título. Ele honrou a gente, conseguimos o gol na última bola e foi sofrido nos pênaltis. A taça veio para coroar um trabalho bem feito, um ano maravilhoso e o Cuiabá crescendo cada vez mais. Mais jogadores estão tendo a oportunidade de crescer e evoluir com o clube, brigamos pelo acesso na Série B, conseguimos a Copa Verde entre trancos e barrancos. Esse título nos leva às oitavas da Copa do Brasil ano que vem. Conseguimos conquistar nossos objetivos - celebrou o goleiro.
Quando Nicolas pegou a bola para cobrar o último pênalti, Victor ajoelhou e apontou para cima. De um lado, o artilheiro do Paysandu e autor do gol bicolor no primeiro jogo. Do outro, o ídolo do Cuiabá. Entre o momento da bola explodir na trave e a comemoração, muito passou na cabeça do arqueiro.
- É aquela fração de segundos. Você pensa em muita coisa, nas dificuldades. Pensei na minha família, minha mãe, pai, todos. Sempre estiveram comigo e me fizeram acreditar. No primeiro jogo eu fiquei muito triste com a derrota, mas eles me fizeram acreditar. Já passei por muitos problemas psicológicos, mas estou aqui batalhando. Sou um vencedor. Minha carreira é isso, buscar títulos, acesso. Estou muito feliz - completou.