Nas mãos de Simão, o goleiro do Operário

Nas mãos de Simão, o goleiro do Operário

Herói na classificação para a final da Série C, Simão falou com exclusividade ao site da CBF

Simão, goleiro do Operário Simão, goleiro do Operário
Créditos: Bruno Mesquita

Lotado, o Germano Kruger foi ao delírio quando Simão voou. Com duas defesas, o arqueiro colocou o Operário na final do Brasileiro da Série C. Duas semanas depois, o goleiro entra em campo com o Fantasma em busca do título. Venerado, Simão lembrou a relação que tem com os torcedores.

— É uma relação de amor, porque quando eu cheguei aqui eu já tive até pensando em largar o futebol. O clube me colocou de novo em um cenário nacional, me deu tudo que eu conquistei nesses dois anos, com muito trabalho — definiu.

A história de Simão com o Operário começou em 2016. Convidado pelo técnico Gerson Gusmão, o goleiro aceitou fazer parte de um projeto para recuperar o Fantasma. Um ano depois de vencer o Campeonato Paranaense, o time havia caído para a segunda divisão do estadual e se encontrava sem vaga para disputar o Brasileiro. Ainda assim, Simão apostou suas fichas no projeto do Operário, e não se arrependeu.

Com a conquista da Taça FPF, em 2016, o time garantiu uma vaga na Série D, vencida por Simão e companhia no ano seguinte. Depois de colocar o time na Série B, o goleiro busca mais um título nacional com a camisa alvinegra.

— Tínhamos uma missão difícil, que era colocar o clube pelo menos na Série C, e hoje conseguimos até mais do que isso. E vamos em busca dessa final aí porque é um jogo importantíssimo para nós, para a cidade, por tudo que envolve. E realmente tentar coroar esse trabalho que é muito bom — recordou.

E a identificação de Simão com o Operário vai além do campo de jogo. Sempre um dos jogadores mais celebrados no Germano Kruger, Simão teve grande participação na campanha do time até a final. Nas semifinais, dois empates sem gol levaram a disputa com o Bragantino para a decisão por pênaltis. Foi aí que o goleiro apareceu. Na primeira cobrança, pulou para o canto direito e foi deslocado. Nas duas seguintes, teve mais sorte. Em golpes de muito reflexo, deu a vantagem ao Operário no segundo pênalti. No terceiro, definiu a classificação.

Assim como o Fantasma, mascote do Operário, Simão tem a mania de assustar os atacantes e assombrá-los nas disputas por pênaltis. O goleiro brincou com a comparação e deu um pouco de sua receita nas penalidades.

— Assombrar? Só se for de feio, né? (risos). É muita concentração, a gente se prepara bastante, quando é um jogo mata-mata. Pênaltis só são bons para o goleiro, é concentração total, ter atenção, foco na hora da batida, da cobrança, saber o momento de definir o lado. Sair o mais tarde possível para induzir o cobrador a bater no canto que você quer — disse.

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