Símbolo do período mais vitorioso do Operário-PR, o volante destacou a identificação com a torcida e a cidade e prometeu concentração pelo acesso à Série B 2019
Se todo fantasma é uma imagem ou visão sobrenatural assustadora, que infunde medo e terror, a campanha do Operário-PR na Série C do Brasileirão 2018 é realmente de assombrar! Um dos destaques da fase de grupos da terceira divisão nacional, o Fantasma terminou a etapa inicial da competição com a vice-liderança do Grupo B e a segunda melhor campanha geral na primeira fase do torneio.
O bom momento vivido pelo clube operariano não é por acaso. Campeão da Série D em 2017, o Operário chegou à disputa da Série C na atual temporada embalado pela primeira conquista de uma competição nacional na história do Fantasma da Vila das Oficinas. Na Terceirona, espantou os adversários com uma campanha arrasadora: em 18 jogos, foram dez vitórias, cinco empates e apenas três derrotas. Dentro do Germano Kruger, casa do Operário, a equipe paranaense aterrorizou os rivais e fechou a fase de grupos invicta.
O segredo do excelente momento atravessado pelo Operário é a manutenção do elenco campeão nacional em 2017. Da equipe que conquistou a Série D na última temporada, quinze atletas integram o atual grupo do Fantasma. Entre eles está Chicão, líder da equipe operariana na campanha do título mais importante da história do clube paranaense e ídolo da torcida do Alvinegro. Para o capitão do Operário, é um orgulho fazer parte deste período áureo do Fantasma.
– Mais uma vez muito feliz. Pelo momento dentro do clube, pelo momento que a equipe vem passando… pelo meu momento, também, de poder jogar e ajudar a equipe da melhor maneira possível a conquistar seus objetivos. Temos um grande objetivo a ser conquistado: são dois jogos importantíssimos que vamos ter… mas, estou muito feliz. Pelo momento do clube e por participar, nesse curto espaço de tempo, da maioria das conquistas do Operário – declarou.
Chicão é tido, pela massa operariana, como o maior símbolo dentro de campo do período histórico que o clube paranaense atravessa nos últimos anos. A identificação é recíproca. O capitão do Fantasma destacou a acolhida que recebeu não só da torcida, mas da cidade de Ponta Grossa (PR). Dentro das quatro linhas, com as cores do Operário na pele, Chicão é um torcedor de chuteiras.
– Eu virei um torcedor do Operário. Desde que cheguei, fui bem recebido pela cidade e pelo torcedor. A torcida me deu este status muito pelo meu trabalho e pelas minhas atuações: a entrega, o comprometimento dentro do campo pela equipe do Operário. Fico feliz também pela identificação com o clube, pelo reconhecimento do torcedor e que esse trabalho continue por muito muito tempo. Esse é o meu maior objetivo – exaltou, bastante emocionado.
Neste domingo (19), o Operário enfrenta o Santa Cruz-PE pela primeira partida das Quartas de Final da Série C 2018. O confronto está marcado às 17h (de Brasília), no Estádio do Arruda, no Recife (PE). O duelo terá transmissão ao vivo da CBFTV, direto pelo site da CBF e pelo Twitter oficial da Confederação (@CBF_Futebol). Para Chicão e o elenco alvinegro, o jogo de logo mais é a metade inicial de uma das disputas mais importante de toda a trajetória do Fantasma em seus 106 anos de história. O capitão operariano exaltou a excelente campanha na Primeira Fase, ressaltou a complexidade do modelo mata-mata e garantiu concentração máxima para conquista do acesso à Série B em 2019.
– Mata-mata é um competição totalmente diferente. Muda a forma de encarar as partidas. Serão dois jogos que podem nos colocar na Série B. E nós batalhamos muito para classificar o time para esse mata-mata. Seria uma injustiça nós não conseguirmos esse acesso… por tudo que fizemos, pela campanha irretocável. Vamos com foco total e, acima de tudo, com a gana que a equipe tem para conquistar o acesso – finalizou.
Após a partida deste domingo (18), Operário-PR e Santa Cruz-PE se reencontram para a partida de volta das Quartas de Final da Série 2018 no próximo dia 26 de agosto. O confronto decisivo será no gramado do Estádio Germano Kruger, em Ponta Grossa (PR), com bola rolando às 15h (de Brasília).