Danilo, o Imortal Operário que abençoa a final da Série C

Danilo, o Imortal Operário que abençoa a final da Série C

Vítima de acidente com a Chapecoense em 2016, goleiro se eternizou na história do Operário com acesso em 2009

Danilo jogou pelo Operário em 2009 Danilo jogou pelo Operário em 2009
Créditos: Acervo/Associação Avante Fantasma

Muito antes de conquistar o coração dos torcedores da Chapecoense, o goleiro Danilo escreveu sua história no interior do Paraná. Ele faz parte da superação do Alvinegro neste século, muito antes das glórias e títulos.

O ano era 2009. Em Ponta Grossa, o Operário disputava a segunda divisão do Campeonato Paranaense. O goleiro era um dos líderes do elenco que recolocou o time na elite do futebol estadual. Um passo que pode parecer pequeno atualmente, mas que marcou o espírito incansável do Operário.

Apenas cinco anos antes, a torcida não tinha nem mesmo um time para torcer. Entre 1994 e 2004, o clube não teve um time profissional. Mesmo com um vice-campeonato paranaense na história, em 1961, o Operário parecia fadado ao esquecimento. Talvez esse fosse mesmo o destino. Mas o Alvinegro não aprendeu a desistir. Não é à toa que desde que voltou ao futebol profissional é chamado carinhosamente de imortal.

Por isso, apesar da chuva que tomou conta do gramado do Germano Kruger, torcedores cruzaram o estádio de joelhos após o acesso, em 2009. Deliciaram-se entre suor, lágrimas e lama. Talvez tenha sido ali que Danilo aprendeu que o futebol vive desses grandes momentos, guardados para sempre na memória dos apaixonados.

Momentos como os que o goleiro protagonizou no Operário e no título sul-americano da Chapecoense. Vítima do trágico acidente aéreo que atingiu o time, em 2016, tem sua memória preservada no coração de cada torcedor.

Após o título da Série D, em 2017, o Operário presenteou a mãe de Danilo, Dona Ilaíde, com uma camisa em homenagem ao ídolo. O manto amarelo, com a imagem do goleiro ajoelhado no peito, serve como um símbolo de resistência. Ao tempo, ao destino, à vida. E mostra que o futebol escreve histórias, sim, mas também trata de eternizar seus grandes heróis. Danilo é um deles.

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