Ceni comemora sequência, destaca estudo e se rende à torcida do Leão

Ceni comemora sequência, destaca estudo e se rende à torcida do Leão

Treinador do Fortaleza recebe equipe do site da CBF e abre o coração sobre momento da carreira, características do clube e até resposta inusitada para cobrança

Personagens do Fortaleza: Rogério Ceni e Dona Toinha Personagens do Fortaleza: Rogério Ceni e Dona Toinha
Créditos: Lucas Figueiredo/CBF
 

"Quem vai ao jogo do Fortaleza, com cinquenta mil pessoas no Castelão, vive algo raro dentro do futebol. Ficará para sempre na minha memória"

 

Rogério Ceni ganhou praticamente tudo o que disputou na carreira. Copa do Mundo com a Seleção Brasileira, em 2002, três Brasileiros, Libertadores e Mundial com o São Paulo. Se como goleiro ele conquistou o coração da torcida do Tricolor paulista, o agora treinador já tem lugar cativo na galeria de ídolos de outro time de três cores: o Fortaleza. O eterno M1to colocou o Leão na Primeira Divisão do futebol nacional após 12 anos e ainda garantiu o maior título do esporte cearense: a Série B 2018. 

A equipe do site da CBF foi até a cidade de Fortaleza para conversar com Rogério. O treinador falou sobre a sequência do trabalho, destacou estudo e se rendeu à torcida do Leão. 

"O acesso é muito importante para o clube, o eleva a outro patamar, outro orçamento financeiro para o próximo ano, possibilidades, grandes clubes que o torcedor pode acompanhar vindo aqui jogar. Pra mim, representa finalizar um ano no futebol brasileiro trabalhando no mesmo clube, que era o meu objetivo quando eu assinei o contrato com o Fortaleza, era poder fazer uma pré-temporada, passar por um Campeonato Estadual, dirigir o clube no Campeonato Brasileiro... Eu tive até oportunidades de ir embora daqui, mas eu achei que o que enriqueceria, talvez, a minha carreira era completar um ano de trabalho", declarou. 

Há pouco menos de um ano, em dezembro do ano passado, Rogério Ceni fez o curso de Licença A da CBF Academy. O treinador ficou dez dias na Granja Comary, em Teresópolis (RJ), aprendendo a metodologia da escola de formação e qualificação dos profissionais de futebol da CBF, se capacitando e compartilhando experiências. Para o eterno goleiro artilheiro, o estudo foi importantíssimo para o êxito. 

"Eu já tinha feito cursos fora do país, logo depois de parar, e é bom para que você tenha alguns parâmetros. Na Licença A, você consegue ter profissionais de áreas que são importantes no futebol, como a psicologia esportiva, fisiologia, que são trabalhos que caminham em paralelo ao treinamento... A oportunidade de dividir com outros cem profissionais, treinadores de Série A, Série B, preparadores físicos, dirigentes... Analistas de desempenho, que é uma função muito importante. Você trabalha áreas que não domina, mas que necessita de uma noção grande pra trabalhar no clube. Foi um curso bacana, onde a gente pôde, durante nove horas por dia, trabalhar com outros profissionais, outras ideias, diferentes tipos de visão, treinamento, opiniões e debater, que é muito importante", acrescentou.

 

"Eu tive até oportunidades de ir embora, mas achei que o que enriqueceria a minha carreira era completar um ano de trabalho"

 

Rogério Ceni é um dos grandes jogadores da história do futebol brasileiro. Nenhum goleiro fez mais gols do que ele em todo o mundo, são 129 pelas contas da FIFA. Por isso, é comum ver o treinador ser assediado por torcedores de times adversários. Mas ao falar sobre carinho vindo das arquibancadas, ele destaca mesmo a massa do Leão. 

"O calor da torcida aqui é muito bacana, quem vai ao jogo do Fortaleza, com cinquenta mil pessoas no Castelão, vive algo raro dentro do futebol. É uma festa muito especial, muito bacana. Ficará para sempre, independentemente de continuar ou não aqui, para sempre na minha memória", destacou. ​

Se hoje Rogério é só alegria para a torcida do Fortaleza, no Campeonato Cearense do ano passado o treinador recebeu cobranças. Na ocasião, ao ser chamado de "burro" pela massa tricolor, o comandante do Leão disse que não se chateava com os gritos e afirmou que, quando o time voltasse a vencer, o grito seria de "inteligente, inteligente!". Agora com o êxito alcançado, ele não cobra o coro.  

"Nada, rapaz! Isso foi só uma brincadeira que eu fiz. Desde o início eu me dou muito bem com a torcida do Fortaleza, é claro, quando você perde uma decisão pro rival, mesmo sabendo do momento que o rival vivia, um momento muito mais favorável financeiramente, no poder de investimento, isso acontece. Mas eu sempre tive um carinho muito grande pelo torcedor, então o burro é uma coisa tão natural né? O Levir (Culpi, técnico do Atlético-MG) até escreveu o livro "Um burro com sorte”, onde eu tive a oportunidade de escrever o prefácio. E o calor da torcida aqui é muito legal", finalizou.

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