Em 1971, América Futebol Clube, campeão invicto, quebra a hegemonia que Atlético e Cruzeiro dividiam em Minas Gerais
Atlético Mineiro (43) e Cruzeiro (38) são os maiores campeões estaduais de Minas Gerais. O terceiro colocado, o América Futebol Clube, foi campeão 15 vezes e é dono de um recorde até hoje não batido: foi decacampeão, de 1915 a 1925.
Desde o fim dos anos 1950, no entanto, a hegemonia já era dividida entre Atlético e Cruzeiro. Notadamente, em meados dos anos 1960, com o advento do Mineirão, o Cruzeiro montou um time talentoso que reuniu craques como Raul, Piazza, Zé Carlos, Dirceu Lopes e Tostão. Não por acaso conseguiu o pentacampeonato em 65/66/67/68/69.
Em 1970, o Atlético Mineiro impediu o hexacampeonato dos cruzeirenses, mas, no ano seguinte, o América surgiu como intruso na galeria dos vencedores. O que já poderia ter acontecido em 1964, quando na derrota na decisão perdeu o título para o Siderúrgica.
Mas, em 1971, o campeonato não escapou. E veio com uma campanha expressiva, com 16 vitórias, seis empates e nenhuma derrota - campeão invicto. O atacante Jair Bala, com 14 gols, foi o artilheiro da competição. Ele já tinha sido o artilheiro do Campeonato Mineiro em 1964, com 25 gols.
Tendo como técnico Henrique Frade, ex-atacante do Flamengo que jogou também na Seleção Brasileira, o América usou a seguinte equipe base para conquistar o título em 1971: Élcio; Misael, Vander, Café e Cláudio; Pedro Omar e Dirceu Alves; Hélio, Amauri Horta, Dario e Jair Bala.