Diretor de futebol do Roma, Real Madrid, Tottenham e da seleção inglesa, Baldini elogia o futebol brasileiro

Créditos: Rafael Ribeiro / CBF
O italiano Franco Baldini foi jogador de futebol de 1979 a 1992 em vários clubes do seu país. Saiu dos gramados para exercer a função de diretor de futebol ou técnico, tão bem-sucedido que passou pelos clubes de expressão como o Roma, Real Madrid, Tottenham Hopstur e até pela seleção inglesa. Experiente e vitorioso, portanto, Baldini tem "estrada" que lhe deu parâmetros para traçar comparações e analisar o futebol.
– Quando se fala de futebol, fala-se de Brasil e depois do resto. Quero agradecer ao Gilmar pelo convite da CBF e dizer que estou honrado em estar aqui, que sempre foi a casa do futebol.
Balidini exerce fora dos gramados função similar a que Gilmar Rinaldi ocupa na Seleção Brasileira. Conhece bem, portanto, as particularidades do seu trabalho, que para ser cumprido com êxito, deve ser praticado "nas sombras", de maneira a não aparecer.
– Não é uma função agradável. Temos de dar suporte ao treinador, que é um solitário por natureza e tem o trabalho mais ingrato do mundo. Temos de protegê-lo.
Ainda para dar certo, o trabalho do diretor técnico e do treinador tem de ser feito em perfeita sintonia. Cabe ao diretor possibilitar ao técnico as melhores condições para que ele execute a sua tarefa da melhor maneira possível, mesmo que isso não seja a garantia de que o time vá conseguir vitórias.
– Nesta rotina de sintonia que cerca o trabalho de um time, o importante é saber dividir todas as conquistas, mas principalmente ter em mente que, quando se perde, todos perdem.
A fundação e a trajetória de um time pequeno
Fundado em 2007, por iniciativa de uma multinacional austríaca de bebidas energéticas, o Red Bull teve como representante na Semana do Futebol Brasileiro o seu presidente, Rodolfo Kussarev, que logo na primeira frase tratou do objetivo da sua apresentação.
– Vou apresentar aqui a visão de um time pequeno no cenário do futebol brasileiro.
Um time pequeno, mas administrado sob o conceito de futebol-empresa, que baseia todas as suas decisõess em critérios técnicos e tem como objetivo conquistas a longo prazo. O primeiro deles foi disputar o Campeonato Paulista, em divisões inferiores, até chegar à primeira divisão, na qual terminou em sexto lugar em 2015.
– No futebol do Red Bull não existe a palavra imediatismo. Tudo é planejado a longo prazo.
Existem quatro times de Red Bull no mundo. O primeiro, de 2005, é o Salzburg, na Áustria. Em 2006, surgiu o Red Bull de Nova Iorque, até o do Brasil, em 2007, e por último o RB Leipizgi, na Alemanha, em 2008.
– Escolhemos o estado de São Paulo por ter a liga estadual mais representativa do país e Campinas, como sede, por facilidades logísticas e a importância da cidade. E estamos muito felizes por nossa escolha.
Rodolfo Kussarev, que passou por diversos cargos de diretoria em clubes associativos, dá bem a dimensão que separa os dois conceitos de clube.
– No Red Bull não há uma decisão tomada ou influenciada por fatores políticos, o que diminui drasticamente a margem de erros.
O presidente do Red Bull aproveitou a participação para dar sugestões a respeito do calendario do futebol brasileiro, principalmente no que abrange as competições das categorias de base.