Congresso de medicina esportiva levanta discussão sobre os métodos adotados para fazer um atleta voltar a atuar profissionalmente

Créditos: Lucas Figueiredo/CBF
Quando um atleta se lesiona, a primeira pergunta que todo torcedor se faz é: quando ele voltará a jogar? Essa resposta só vem depois de um trabalho meticuloso do departamento médico. Esse procedimento foi tema de debate no IV Simpósio de Educação Continuada da Comissão de Médicos e Controle à Dopagem, organizado pela CBF.
Moderada por Ivan Grava, do departamento médico do Corinthians, a mesa recebeu o fisioterapeuta Charles Oliveira, do Cruzeiro, e o médico Douglas Santos, do Fluminense. Foram expostos diferentes exemplos de diagnósticos feitos após lesões e os profissionais presentes trocaram experiências sobre protocolos e procedimentos adotados.
Entre os critérios analisados para o retorno ao futebol estão as características do atleta, a posição, o grau da lesão, o protocolo estabelecido. Também são considerados o nível de reparação da lesão, o restabelecimento da força e, é claro, a importância do jogo em questão.
Em meio a esse processo, há a vontade do jogador em voltar a jogar. Por isso, o diálogo com o atleta é parte fundamental do trabalho. Com experiência também na Seleção Brasileira Sub-20, Charles Oliveira destacou a diferença ao lidar com jogadores mais jovens.
- O atleta mais jovem muitas vezes quer adiantar a recuperação dele, dizendo que está bem, que dá para ir. E o mais experiente tem mais consciência na hora de passar para o médico - revelou.