Após 10 anos de experiência na área esportiva, Pagura, em parceria com Renato Anghinah, trata os traumas de cabeça de forma didática, com base em casos médicos

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Um inimigo oculto, assim que a concussão cerebral deve ser encarada pela população em geral e, principalmente, pelos praticantes de atividades esportivas de impacto. É o que prega o presidente da Comissão Nacional de Médicos do Futebol, o neurocirurgião Jorge Pagura, que, nesta quinta-feira (23), faz o lançamento oficial do livro “Concussão Cerebral - Mais do que Uma Simples Batida na Cabeça”, em parceria com o neurologista Renato Anghinah, às 19h30, na Livraria Cultura do Shopping Iguatemi, em São Paulo.
O livro trata os problemas e transtornos ocasionados por traumas no crânio e as formas de preveni-los, além de apresentar os modernos diagnósticos já existentes. Casos médicos ilustram os temas e a experiência dos autores na área do esporte reforça as definições e orientações sobre como proceder após uma “batida na cabeça”.
– É um livro de saúde, com base científica e médica, mas com uma linguagem simples, mais próxima daqueles quem não têm intimidade com o tema. Apresentamos toda a experiência que o esporte nos trouxe para o conhecimento mais aprofundado sobre os traumas na cabeça. É o resultado de um longo tempo de pesquisa e de formatação, iniciado nos jogos Pan-Americanos de 2007, quando eu chefiei a delegação de polo aquático e convivi com situações relacionadas – explica Pagura.
Desde 2014 à frente da Comissão Nacional de Médicos de Futebol (CNMF), Pagura também foi coordenador médico da Federação Paulista de Futebol por 4 anos. Durante esse tempo, a equipe médica verificou um aumento dos traumas de cabeça nos jogos de futebol. Atualmente, elas são a segunda lesão mais vista nesta mobilidade.
– Entre os vários traumas, a concussão é uma delas. O esporte tem dado grande base de conhecimento a respeito e a CBF, baseada nesses estudos, está tomando todo o cuidado em suas competições e com os atletas. Fizemos várias palestras com árbitros e essa preocupação já motivou até em mudança de regras.
Pagura cita ainda o caso do jogador brasileiro Bellini, capitão em 58, para exemplificar o quanto o tema é delicado e a preocupação fundamental para o futuro do esporte. O campeão mundial foi um dos primeiros do mundo a ser diagnosticado com quadro demencial por conta dos consecutivos traumas de crânio enquanto exercia a vida de jogador.
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