Jorge Pagura debate protocolo de concussão cerebral no Simpósio Médico

Jorge Pagura debate protocolo de concussão cerebral no Simpósio Médico

Segundo dia de debates sobre medicina esportiva segue com discussões sobre concussão cerebral, protocolo e novas medidas para o jogo

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Créditos: Lucas Figueiredo/CBF

A concussão cerebral é um dos temas mais relevantes da medicina do futebol. A lesão, que geralmente ocorre após um trauma na cabeça, é um sério fator de risco para os jogadores de futebol, mas ainda requer a definição de procedimentos específicos. Um dos maiores bastiões dos debates sobre concussão cerebral no mundo, o médico Jorge Pagura, Presidente da Comissão de Médicos da CBF, comandou uma mesa de debate sobre o assunto no segundo dia do IV Simpósio de Educação Continuada da Comissão Médica e de Controle à Dopagem da CBF.

Não são poucos os casos no futebol mundial de atletas que sofrem fortes pancadas na cabeça durante partidas e não deixam o campo de jogo. Alguns chegam até a desmaiar. Foi o que aconteceu com o lateral Alvaro Pereira, do Uruguai, na Copa do Mundo de 2014. Ainda confuso pela pancada, o defensor se recusou a deixar o gramado. E lá ficou. Muitas vezes, a vontade do jogador prevalece sobre os riscos à sua saúde. É aí que, segundo Pagura, o médico deve intervir.

- Qualquer perda de consciência simples. Perguntas simples: onde está jogando, contra quem, qual competição? Se não sabe nem onde está jogando, tem que ir embora para casa - destacou Pagura.

Algumas mudanças têm sido discutidas para facilitar o tratamento de concussões na hora do jogo. Uma delas é a implementação de uma quarta substituição, pelo menos nos tempos extras, para garantir a substituição de jogadores em casos de concussão. Outra ideia é o uso de um médico de jogo com auxílio de um recurso visual, que possa avaliar esse tipo de situação.

Ao lado de Pagura na mesa estavam o doutor Mauro Moreira, do Bragantino, e Márcio Dornelles, do Grêmio. O médico do Tricolor Gaúcho destacou o quão delicado é o tratamento de uma concussão, mas reforçou: de nada adiantam os esforços dos médicos se as outras partes envolvidas não levarem esse risco a sério.

- A concussão requer muito cuidado, mas passa muito pela conscientização dos clubes, dos atletas, dos treinadores - disse.

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