Futebol feminino, Seleção e mídia: os debates do Simpósio Médico

Futebol feminino, Seleção e mídia: os debates do Simpósio Médico

O módulo 1 do IV Simpósio de Educação Continuada da Comissão Médica e de Combate à Dopagem seguiu com três meses para debate de temas importantes na medicina

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Créditos: Lucas Figueiredo/CBF

A primeira delas discutiu os desafios para o desenvolvimento do futebol feminino. Entre os principais temas debatidos estiveram as diferenças físicas e fisiológicas entre homens e mulheres, o nível de desenvolvimento físico das mulheres no futebol e o uso da medicina neste caso. Médico da Seleção Brasileira Feminina, Nemi Sabeh participou da mesa e pontuou a necessidade de evolução da preparação física do futebol feminino. Ele ainda detalhou a maneira como os exames realizados na Seleção Feminina são organizados e combinados para ter um perfil de cada atleta.

Médica do Corinthians, atual campeão brasileiro de futebol feminino, Cristiane Gambre Franco Ferreira contou um pouco dos desafios enfrentados pelo clube para adaptar o seu departamento médico à modalidade, criada no time em 2016. A presença de mulheres nas comissões técnicas de futebol feminino foi muito discutida, assim como seus prós e contras em uma equipe feminina.

Continuando a falar sobre Seleção Brasileira, a mesa seguinte teve três integrantes da comissão técnica que foi à Copa do Mundo de 2018. Moderada pelo médico Rodrigo Lasmar, a mesa contou com a participação de Andreia Picanço, médica do esporte e nutróloga, e Fabio Mahseredjian, preparador físico da Seleção Brasileira.

O debate foi aberto por Lasmar, que detalhou a estrutura do departamento médico da Seleção Brasileira durante a Copa, bem como seu planejamento antes e durante a competição. Uma das novidades na Rússia foi a presença de quatro fisioterapeutas com a equipe. Nos outros mundiais, o Brasil geralmente levou um ou dois fisioterapeutas.

Entre os avanços destacados pelos integrantes da comissão técnica, estava o centro de excelência inaugurado na Granja Comary, em Teresópolis.

- Quando eu vim para a CBF, recebi uma incumbência para que investíssemos na ciência do futebol. Junto com o Guilherme Passos, modernizamos e criamos uma sala de musculação e treinamento funcional. Uma sala que contempla todas as tecnologias de treinamento desportivo. Que tem as ferramentas para nos fornecer o diagnóstico de cada atleta para a Copa - ressaltou Mahseredjian.

O preparador físico explicou o processo para a escolha do "basecamp", a sede da Seleção Brasileira na Copa. O time ficou hospedado em Sochi, após um processo de escolha que começou em 2015 e se deu depois de algumas dificuldades por conta dos processos da Copa.

Na parte final do módulo, o assunto foi a relação entre o departamento médico e a imprensa. Além de Rodrigo Lasmar, participaram da mesa Douglas Lunardi, Diretor de Comunicação da CBF, e Igor Siqueira, repórter do Jornal O Globo.

Também presente nesta mesa, Rodrigo Lasmar reforçou a necessidade de, mesmo dentro de um contexto esportivo, manter-se fiel ao código de regras e ética da medicina. Essa postura vai desde o atendimento a concussões dentro de campo à postura fora dele, ao comentário de diagnósticos e casos de outros médicos.

Um dos casos mais discutidos foi, é claro, a lesão de Neymar antes da Copa. Igor Siqueira ressaltou a urgência com a qual os jornais trataram o fato, gerando uma corrida desesperada por uma primeira palavra da equipe médica da Seleção. Rodrigo Lasmar, por sua vez, firmou que nem sempre é possível dar as respostas esperadas pela imprensa, como tempo de recuperação, quando o jogador volta, entre outros prazos.

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