Debate sobre doping lembra caso emblemático do Flamengo

Debate sobre doping lembra caso emblemático do Flamengo

Em mesa sobre controle à dopagem, Fernando Solera destacou postura do clube em caso de exame positivo do meia Ederson

IV Simpósio Médico IV Simpósio Médico
Créditos: Lucas Figueiredo/CBF

O meia Ederson jogava no Flamengo quando o clube foi surpreendido com um exame de doping positivo para a substância HCG, que aumenta o volume e a potência muscular. Essa droga foi considerada a sexta que mais apareceu no esporte em 2017. Houve 109 casos no mundo. Desses, 4 no futebol, 2 no Brasil. Ela é uma glicoproteina hormonal que só aparece em mulheres grávidas, o que indicou apenas duas respostas: ou Ederson havia usado a substância ou havia algo de muito errado com seu corpo.

Em conversa com o jogador, o Flamengo soube que não houve nenhum uso do HCG. Em outros exames, o atleta teve identificado um tumor maligno no testículo. Uma notícia delicada, especialmente para um atleta que passara tanto tempo sem jogar. Mas que, no fim, acabou beneficiando a saúde do atleta. Foi esse o caso usado pelo Presidente da Comissão de Controle de Doping da CBF, Fernando Solera, para ressaltar a importância que os exames podem ter.

- Então alguma coisa muito ruim estava acontecendo com o jogador. Ele teve um diagnóstico de um tumor maligno, tirou o testículo e está indo muito bem. Neste caso, o exame antidoping, com relação a saúde, cumpriu todo seu papel - destacou Solera.

São, ao todo, três pilares que comandam o controle de doping: ética, saúde e igualdade. No caso de Ederson, isso foi fundamental para identificar uma doença grave e encaminhar o tratamento adequado.

Ao lado de Fernando Solera, na mesa, estavam o médico João Marcelo Amorim, do Flamengo, Luciano Hostins, presidente do Tribunal de Justiça Desportiva Antidopagem, e Felix Drummond, médico do esporte. O debate encerrou o primeiro dia do IV Simpósio de Educação Continuada da Comissão de Médicos e Combate à Dopagem da CBF.

O doutor João Marcelo destacou a postura do atleta e a colaboração da Comissão de Controle de Doping para o procedimento adotado.

- Em vista da negativa do atleta, entramos em contato com o doutor Solera, para saber que caminho seguir. Até porque não é uma substância facilmente encontrável, então fomos pelo caminho da patologia. E os exames mostraram que o exame antidoping foi um processo positivo para a saúde do atleta - contou.

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