Rodolpho Toski: destino traçado pela arbitragem

Rodolpho Toski: destino traçado pela arbitragem

Conhecido por perfil disciplinador, paranaense revela que duvidou do pai com sugestão para ser árbitro e hoje não se enxerga fazendo outra coisa que não apitar

Curso de capacitação do Árbitro de Vídeo

Curso de capacitação do Árbitro de Vídeo

Créditos: Marcos Paulo Rebelo/CBF

Curso de capacitação do Árbitro de Vídeo

Curso de capacitação do Árbitro de Vídeo

Créditos: Marcos Paulo Rebelo/CBF

A arbitragem brasileira passa por um processo de renovação. Uma nova geração está surgindo e já rende bons frutos. Uma justificativa de tal afirmação é Rodolpho Toski Marques. Paranaense, o árbitro entrou para o quadro da FIFA neste ano de 2017, aos 29 anos. Conhecido por ter um perfil disciplinador, ele revela que a arbitragem apareceu cedo na sua vida.

– Na realidade comecei a apitar com 13 para 14 anos. Tentei jogar futebol e o meu pai logo cedo disse: 'Meu filho, você com a bola não vai ter jeito de ganhar dinheiro. Só tem uma maneira, vai ser árbitro de futebol!' Eu disse a ele: 'Você é maluco! Como vou ser árbitro com 13 anos de idade? Eu quero é jogar bola!' Aí ele foi lá, comprou um livro de regras, uma roupa de árbitro e fez eu decorar todas as regras. Enquanto eu não decorasse, ele todo dia vinha e falava: 'Qual é a regra 10? E a 8, é qual?' Eu errava e ele não me deixava ir pro campo ainda. Quando consegui acertar tudo, ele me botou para apitar um jogo de um clube da região metropolitana de Curitiba, fui muito bem nessa partida e daí comecei a me destacar nos campeonatos amadores. Me formei muito cedo pela Federação Paranaense de Futebol, com 17 para 18 anos, e fui fazendo jogos, treinando, me aprimorando, tentando sempre buscar o melhor para crescer dentro da arbitragem. Cheguei ao quadro da CBF e, neste ano, foi contemplado ao quadro da FIFA – destacou. 

Ao todo, Rodolpho Toski já fez 68 partidas em competições da CBF. Nesta quinta-feira (5), ele irá para o seu primeiro jogo de Eliminatórias da Copa do Mundo, na função de quarto árbitro do duelo entre Venezuela e Uruguai. Se um dia o paranaense disse que o pai, Ademar Marques, era louco por sugerir o ofício da arbitragem, hoje ele não se enxerga em outra função.  

– De maneira nenhuma! Por começar cedo acabei pegando muito gosto. E a arbitragem me deu tudo. Estudo, formação de caráter, de homem... Conheci pessoas que me ajudaram muito e agradeço tudo que eu tenho hoje pela iniciativa do meu pai no início e todas as pessoas que me apoiaram e deram todo o suporte para que eu conseguisse desenvolver essa atividade – acrescentou. 

Nos últimos dias, Rodolpho participou do curso de capacitação do Árbitro Assistente de Vídeo (VAR) da CBF, em Águas de Lindóia (SP). Buscando sempre evoluir na carreira, ele falou sobre o contato com a tecnologia.

– É de suma importância esse aprimoramento com o Árbitro de Vídeo. É uma coisa nova no futebol e vai acrescentar muito nas questões claras de erro da arbitragem. O VAR vai corrigir equívocos do árbitro, acrescentará e minimizará bastante os erros. Vamos torcer para que dê tudo certo. Como os profissionais estão nos aprimorando, passando todos os protocolos, acredito que se forem cumpridos da maneira que o professor Serapião (Manoel, instrutor de VAR), o professor Sérgio Corrêa (líder do projeto de VAR no Brasil) e a FIFA pedem, terá o maior sucesso desde o início – finaliza.

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