Ex-assistente, instrutor da CBF compara atuações de bandeiras de sua época e com VAR

Ex-assistente, instrutor da CBF compara atuações de bandeiras de sua época e com VAR

Neste sábado, turma do Curso de Capacitação do VAR trabalhou simultaneamente nas cabines e no campo simulando situações ajustadas dentro de campo

Ex-assistente, instrutor da CBF compara atuações de bandeiras de sua época e com VAR Créditos: Matheus Meyohas/CBF

Muita coisa mudou desde a chegada do árbitro de vídeo ao futebol. Uma das principais é a atuação dos árbitros assistentes na lateral do campo, os famosos "bandeirinhas". Ex-assistente e atual instrutor do VAR pela CBF, Nilson Monção acompanhou de perto esta evolução.

Durante seu trabalho no 10º Curso de Capacitação do VAR, em Águas de Lindoia (SP), Monção explicou ao site da CBF um pouco desta transformação.

"Hoje, tanto o assistente quanto o árbitro já sabem que, em jogadas ajustadas, tem que se retardar a decisão. Em um jogo normal, sem VAR, o assistente e o árbitro não têm essa tecnologia. Então, têm que decidir rápido. Em jogos com esse sistema, o assistente pode esperar, aguardar a bola entrar na meta e aí então decidir. E o árbitro também tem uma segunda chance de avaliar", comparou.

O conceito de esperar uma jogada se desenrolar para, então, tomar uma decisão, é comumente chamado de "delay do apito". Ele foi trabalhado nos últimos dias durante o Curso de Capacitação, com atividades teóricas e práticas, nos campos e nas cabines do VAR instaladas pela CBF.

"Nós fizemos jogadas ensaiadas em campo, com árbitros, assistentes e quartos árbitros. Em cima, ficou a cabine VOR com árbitros que serão habilitados. São jogadas de possível cartão vermelho, identidade errada, gol ou não gol, impedimento antes do gol. São situações pré-estabelecidas para que o árbitro confirme ou não", detalhou Monção.

Nilson Monção orienta árbitros em campo durante o Curso de Capacitação do VAR
Créditos: Matheus Meyohas/CBF

Árbitro assistente até 2009, Monção trocou as quatro linhas pelas salas de aula e as cabines do VAR. Atualmente, ele utiliza toda sua experiência com arbitragem a serviço da CBF e da arbitragem brasileira. E, como instrutor e entusiasta da tecnologia no futebol, tem aprovado o efeito que o árbitro de vídeo tem trazido para todos.

"Na minha época, não se tinha esse recurso. Eu fui assistente até 2009, parei com 45 anos de idade. Hoje, evoluímos e temos esse sistema, que é muito bom. É o lema do VAR: mínima interferência e máximo benefício", concluiu.

O 10º Curso de Capacitação do VAR segue com a 29ª turma em Águas de Lindoia, no interior de São Paulo. Ao todo, são 24 árbitros, 24 assistentes e 12 árbitros de vídeo trabalhando em dois períodos. As atividades se encerram na próxima sexta-feira (25).


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