O filme "Ídolo", que narra a trajetória de Nilton Santos, a Enciclopédia do Futebol, emocionou o público que assistiu à sua pré-estreia, na última terça-feira (24), na Cinameteca do Museu de Arte Moderna, no Rio de Janeiro.

O diretor Ricardo Calvet, e o produtor Ricardo Macedo, através de uma história conduzida em parte por um torcedor fanático do Botafogo e fã de Nilton Santos, conseguiram resgatar a trajetória daquele que foi considerado o maior lateral-esquerdo de todos os tempos mesmo tendo jogado em uma época em que as imagens eram raras – assim como aconteceu com Garrincha e outros grandes.

– Como as imagens eram gravadas em película, que tornava o processo muito caro, os profissionais só ligavam a câmera nos momentos de perigo de gol, em lances de ataque. Como o Nilton Santos era zagueiro ou lateral, há poucas imagens dele – explica o produtor Ricardo Macedo.

Ainda assim em um trabalho de garimpo quase artesanal, Calvet e Macedo conseguem levar o torcedor-espectador a um tempo em que a bola era tratada com carinho de craque - "ele tinha a arte de atrair a bola", como descreve o lateral-direito Cacá, que teve o “orgulho de jogar com Nilton Santos no Botafogo".

Nilton Santos foi ídolo dentro e fora de campo. O filme mostra como ele foi importante na formação de jovens, através de ações sociais em escolinhas de futebol, e exibe com crueza, mas com dose igualmente proporcional de generosidade, os últimos anos de vida do craque atormentado pela doença que lhe roubou a memória.

"Roubou a memória, mas não apagou a chama", como bem define Cacá, em seu depoimento. Adalberto, goleiro do final dos anos 1950, contemporâneo de Nilton no Botafogo, o técnico atual Ricardo Gomes e o produtor Ricardo Macedo também deram os seus depoimentos.

Confira abaixo o trailer do filme "Ídolo":