Paulo César Lima foi um craque que fazia a diferença nos clubes em que jogou e pela Seleção Brasileira.
Paulo César Lima, o craque da camisa 11, brilhou no Botafogo (muito) e em todos os clubes em que jogou. Chegou a ser chamado de "Pelezinho" em uma matéria no início dos anos 1960, da extinta "Revista do Esporte", quando era um menino que começava a despontar no time de futebol de salão do Flamengo.
Pelezinho passou a ser Paulinho, que aos 17 anos estreou no time titular do Botafogo em uma excursão do clube na América do Sul. Estreou e, graças às suas grandes atuações, já se antevia que seria certamente um jogador de exceção.
Na volta da excursão, já titular absoluto, foi decisivo na campanha da conquista da Taça Guanabara de 1968 – ele marcou os três gols na vitória de 3 a 2 na final sobre o América, no Maracanã.
A essa altura, já tinha se tornado Paulo César nas escalações dos jornais, na narração dos locutores de rádio e na boca do torcedor. O que não mudou foi o seu futebol feito de dribles desconcertantes, passes certeiros de médias e longas distâncias.
Mais: era um exímio cobrador de faltas, daqueles que batia na bola e o goleiro sequer se mexia para impedir a bola beijar a sua rede.
Paulo Cesar foi convocado para a Copa do Mundo de 1970. Poderia ter sido naturalmente titular, mas uma opção tática de Zagallo improvisou Rivellino na ponta-esquerda. Ainda assim, nos dois jogos dos quais participou, jogou muita bola - nas vitórias de 1 a 0 sobre a Inglaterra e 3 a 2 sobre a Romênia.
Pelezinho, Paulinho, Paulo César Lima, Paulo Cesar Caju, Monsieur Paulo Cesar (quando jogou na França), técnico de sobra em vários nomes, foi um jogador de raro talento, que fazia com a bola o que bem entendia.
Ídolo do Botafogo, ele tinha entre tantos admiradores uma autoridade de quem conhece muito de futebol.
- O Paulo César foi o maior ponta-esquerda que eu vi jogar. O maior ponta-esquerda do mundo - disse Zagalo.