Aos 16 anos, maior jogador de todos os tempos usou a Amarelinha pela primeira vez e precisou de apenas dez minutos para balançar a rede em um Maracanã lotado
O futebol é conhecido por escrever histórias. O primeiro capítulo da mais bela e vitoriosa narrativa de todas foi iniciado há exatos 60 anos. No dia 7 de julho de 1957, 80 mil privilegiados acompanharam Brasil e Argentina pelo primeiro jogo da Copa Roca daquele ano. Aos 46 minutos, o locutor do Maracanã informou: "sai Del Vecchio, entra Pelé". Ainda com 16 anos, o menino franzino precisou de apenas dez minutos para balançar a rede na estreia pela Seleção Brasileira, e ainda nem poderia imaginar tudo o que iria conquistar.
Apesar do gol, Pelé não conseguiu evitar a derrota brasileira. Três dias depois, no entanto, o maior craque de todos os tempos, já na condição de titular, marcou o primeiro gol e abriu o caminho para a vitória por 2 a 0 sobre os argentinos, garantindo o título da Copa Roca no segundo duelo. Partindo desta primeira conquista, com tudo o que foi feito pelo camisa 10 na sequência, não seria exagero afirmar que a história da Seleção Brasileira pode ser dividida em duas eras: pré e pós Pelé.
Se o troféu daquela Copa Roca não foi difícil para se levantar, Pelé tem dificuldades para segurar de uma vez todas as taças de Copa do Mundo que conquistou com a Seleção Brasileira. Na condição de jogador, só ele pode dizer que ajudou a bordar três estrelas no lado esquerdo do peito da camisa que representava. E a Amarelinha o amava. Se sentia tão bem quando envergada por seu maior 10 que chegou a exibir um coração. Nosso sentimento é o mesmo. Obrigado por tudo, Rei!