Dados do Wyscout dão um panorama do estilo de jogo de Cruzeiro e Flamengo, finalistas da Copa do Brasil de 2017
Flamengo e Cruzeiro. Cruzeiro e Flamengo. As duas equipes protagonizam mais uma decisão de Copa do Brasil. A primeira foi em 2003. Naquele ano, o Cruzeiro comandado por Vanderlei Luxemburgo e liderado por Alex, Gomes e companhia derrotou o Flamengo de Felipe, Edílson, Júlio César e Athirson, e levou o caneco para Belo Horizonte. Exatos 14 anos depois, as equipes reeditam aquela decisão em vermelho, preto e azul. A sétima final de Copa do Brasil dos clubes. O Cruzeiro é tetracampeão (1993, 1996, 2000 e 2003). O Flamengo é tri (1990, 2006 e 2013).
Na atual edição da competição, tanto Cruzeiro quanto Flamengo apresentam números que justificam as respectivas presenças na decisão. A equipe celeste disputou a competição desde a primeira fase e realizou 12 jogos até a final. Segundo dados do Wyscout, foram 22 gols marcados no torneio – média de 1,83 por jogo. Em suas partidas, a Raposa tem média de 47% de posse de bola. Apesar de ficar menos com a bola, o Cruzeiro joga um futebol direto e vertical, próximo à área adversária. E as estatísticas mostram bem esse estilo: a equipe cria em média 9,5 chances por jogo, finaliza 11,6 vezes – 57% dos chutes são de fora da área, e explora pouco os contra-ataques: apenas 3,8 por partida. O Cruzeiro aposta na compactação da defesa – rouba 83,4 bolas por jogo – e busca o gol sempre que tem a bola nos pés.
Já o Flamengo entrou na competição na Quinta Fase (Oitavas de final), em função da participação na Libertadores deste ano. Ao todo, o Rubro-Negro disputou seis confrontos até o caminho da finalíssima da Copa do Brasil. E as estatísticas, mais uma vez, refletem o esquema e estilo de jogo do time na temporada. O Mais Querido controla a bola 53% do tempo de jogo. Com isso, troca em média 429 passes por jogo. O aproveitamento bate os 85%. Assim, a equipe se vale do velho ditado de que a melhor defesa é o ataque – conserva a posse de bola e combate o adversário no campo de defesa. Por isso, são 78,8 roubadas de bola por jogo. Com um futebol veloz e apoiado pelas laterais do campo, o Rubro-Negro explora os contra-ataques como estratégia para desmontar os adversários: de acordo com números do Wyscout, são 5,6 contra-ataques por partida. A chegada pelos lados do campo complementa o jogo incisivo da equipe, com média de 4,1 cruzamentos por duelo e cerca de 11 chutes a gol por jogo. Um perigo iminente para a zaga rival.
As finais da Copa do Brasil de 2017 já batem à porta. Neste dia 7 de setembro, a primeira partida será disputada no Maracanã às 21h45 e o primeiro passo rumo ao título será dado. No duelo entre rivais de longa data, só se pode esperar por um ótimo espetáculo de futebol.