Invicto, Volta Redonda sagrou-se campeão nacional

Invicto, Volta Redonda sagrou-se campeão nacional

Equipe carioca conquistou de forma invicta a competição após golear o CSA na grande final. Moto Club e São Bento fecham quarteto que disputará a Série C em 2017

Volta Redonda campeão da Série D

 

A Série D do Campeonato Brasileiro terminou com um tempero carioca. O Volta Redonda sagrou-se campeão da edição 2016 e garantiu presença na próxima Série C. Foi o primeiro título nacional do clube do Sul do Estado do Rio de Janeiro, que já foi vice-campeão da Terceira Divisão em 1995. Além do caneco, o clube carioca ainda garantiu vaga na Copa do Brasil de 2017. 

Com um novo formato nesta temporada, a Série D passou de 40 para 68 equipes, um novo recorde para o cenário nacional. Com isso, o torneio passou a ter 17 grupos, onde os líderes e os 15 melhores vice-líderes avançavam para a segunda fase.

Dado o pontapé inicial, cinco equipes dispararam e garantiram presença na fase seguinte, com campanhas invictas: o Altos-PI (5 vitórias/1 empate), Atlético-AC (4V/2E), Volta Redonda (4V/2E), Uniclinic-CE (3V/3E) e Moto Club (2V/4E). Altos e Ceilândia também mereceram destaque pela bola na rede: as equipes lideraram as estatísticas da fase inicial, com 22 e 19 gols marcados, respectivamente.

Além dos invictos, avançaram Náutico-RR, Princesa do Solimões-AM, Palmas-TO, Juazeirense-BA, São Raimundo-PA, Águia de Marabá-PA, América-PE, CSA-AL, Parnahyba-PI, Campinense-PB, Globo-RN, Itabaiana-SE, Ceilândia-DF, Aparecidense-GO, Fluminense de Feira-BA, 7 de Setembro-MS, URT-MG, Caldense-MG, Anápolis-GO, São Bento-SP, Brusque-SC, J. Malucelli-PR, Espírito Santo-ES, Internacional-SC, Caxias-RS, Linense-SP e Ituano-SP.

Mando de campo decide na segunda fase

Passada a primeira fase, o mata-mata deu o tom da Série D. As 32 equipes classificadas se enfrentaram em jogos de ida e volta, deixando o torneio mais emocionante. Os detalhes deram o tom da segunda fase, com os jogos em casa fazendo a diferença: Altos, Atlético, Campinense, Ceilândia, CSA, Fluminense de Feira, Ituano, J. Malucelli, Moto Club, Princesa do Solimões, São Bento e Volta Redonda garantiram acesso às oitavas em seus domínios. Juntaram-se a eles Juazeirense, Anápolis, Itabaiana e Internacional.

A equipe do Atlético se destacou com duas goleadas em cima do Náutico. No primeiro jogo, vitória por 5 a 1 fora de casa e a vantagem de perder por até quatro gols no segundo duelo. Nem foi preciso: goleada por 8 a 0 no Florestão, ratificando ainda mais a classificação para enfrentar a equipe do Princesa do Solimões.

Sensação do torneio cai no Rei Pelé

Invicto há sete jogos e vindo de três vitórias consecutivas, a equipe do Altos, sensação do torneio, entrava com força total diante do CSA, que vinha crescendo de produção na competição. O clube alagoano não tomou conhecimento e venceu por 3 a 0 o primeiro jogo. Na volta, o Altos venceu por 2 a 0 mas não foi suficiente para passar para as quartas. Manoel, do clube piauiense, terminou a participação no torneio com dez gols e, assim, garantiu a artilharia na competição. Atlético, Moto Club e Volta Redonda, remanescentes invictos, avançaram para as quartas da Série D. Ituano, Fluminense de Feira, Itabaiana e São Bento fecharam os confrontos da próxima fase.

Tricolor no caminho para o título

Verde, branco e grená. Assim como o Tricolor Carioca, o Fluminense de Feira, da Bahia, usa as mesmas cores e entrou no caminho do Volta Redonda nas quartas de final da Série D. Sem perder na competição, o Voltaço não tomou conhecimento e venceu as duas partidas. No jogo de ida, fora de casa, o clube carioca venceu por 3 a 2, e teve a vantagem do empate e podia até perder por 1 a 0 que avançaria às semifinais. No Rio, o Tricolor de Aço garantiu a classificação com uma nova vitória, desta vez por 2 a 1, e fez a festa com a sua torcida, já que o triunfo garantiu o clube na Série C de 2017.

Invicto desde o início da Série D, assim como o Volta Redonda, o Atlético teve pela frente o Moto Club. O empate por 2 a 2 no primeiro jogo deixou a decisão da vaga para o Florestão, onde o clube mantinha os 100% de aproveitamento. Porém, o Papão do Norte surpreendeu e saiu do Acre com o triunfo por 2 a 1, a vaga nas semis e a presença na Terceira Divisão da próxima temporada. CSA e São Bento também garantiram seus lugares na Série C.

Missão: título da Série D

Com mais de 12 mil pessoas, o Castelão virou um caldeirão no duelo entre Moto Club e Volta Redonda. Porém, o clube carioca soube suportar a pressão, empatou por 1 a 1 e trouxe a decisão para o Raulino de Oliveira. Atuando em seus domínios, o clube carioca não deu chance ao azar e garantiu a vaga na final após vitória por 3 a 1. O adversário da grande final era o CSA, que venceu o São Bento em casa por 2 a 0 no primeiro jogo e perdeu por 1 a 0 em São Paulo. Era o duelo do vice-artilheiro da Série D, Cleyton, contra o único invicto da competição.

A Série D é carioca!

Na grande final, o caldeirão do Rei Pelé foi palco dos primeiros 90 minutos entre CSA e Volta Redonda. A pressão pela vitória foi intensa, mas o Voltaço suportou durante todo o jogo e saiu com um empate sem gols para o segundo e decisivo duelo. O resultado deixava em aberto a possibilidade de qualquer uma das equipes ser campeã com uma simples vitória e, caso terminasse empatado com gols, o título iria para Maceió.

Na grande decisão, no Rio de Janeiro, o Voltaço mostrou porque se mantinha invicto na competição e venceu por 4 a 0, e levantou o seu primeiro caneco nacional diante de sua torcida. Foram dez vitórias e seis empates, 29 gols a favor e oito contra. David e Dija Baiano terminaram como os artilheiros da equipe na competição, com seis gols marcados.

CURIOSIDADES

Quebra de recordes na competição

A temporada 2016 do Campeonato Brasileiro Série D trouxe um diferencial das demais edições. Neste ano, 68 equipes disputaram a competição, sendo 28 a mais do que a última edição, e tendo representantes de todos os estados do país. Além disso, o campeonato quebrou mais dois recordes: foram 266 jogos, 76 a mais do que em 2015, com 669 gols marcados durante toda a Série D.

Homem gol

Manoel, atacante do Altos, terminou a competição com dez gols marcados, tornando-se o artilheiro da Série D. Cleyton, do CSA, foi o vice-artilheiro com oito gols, enquanto Eduardo, do Atlético, e Rafael Granja, do Fluminense de Feira, fecharam o top 3 com sete gols cada.

Máquina de gols

O Acre mostrou como se balança as redes! A equipe do Atlético terminou a competição com o saldo mais positivo do torneio, com 35 gols marcados até as quartas de final, onde foi eliminado. O campeão Volta Redonda ficou em segundo no ranking, com 29 gols, seguido de perto pelo Altos, com 28. CSA e Ituano fecham o top 5, com 26 e 23 gols, respectivamente.

Bota o pé na fôrma!

Na contramão dos goleadores, a Série D também ficou marcada pelas equipes que não tiveram tanta sorte com a bola nas redes. Serra Talhada e Osasco Audax anotaram apenas um gol na competição, liderando o saldo negativo do torneio. Goianésia, Comercial e Madureira marcaram dois gols cada e assim fecharam o grupo das cinco equipes que menos marcaram na competição.

Exemplo defensivo

Brusque, Caldense e Villa Nova. Em comum, a capacidade defensiva do trio na Série D: foram apenas três gols sofridos enquanto disputaram o torneio. Também merecem destaque São Bento, Central e São José, com quatro gols sofridos na competição. Destas, apenas o São José foi mais longe, sendo eliminado nas semifinais da Série D.

Vacilaram no torneio

Goianésia e Náutico não tiveram tanta sorte no quesito solidez defensiva. As duas equipes terminaram a competição com 20 gols sofridos: somente o clube de Roraima tomou 13 gols do Atlético na segunda fase da competição. Icasa (19 gols), Guarani de Juazeiro (18 gols), Galícia e Palmas (16 gols) lideram a lista negativa do torneio. Leandro, goleiro do Náutico, terminou a competição levando os 20 gols da equipe roraimense.

Chuva de cartões

Finalistas do torneio, CSA e Volta Redonda também lideram outra lista: a de cartões amarelos. Para o clube alagoano, foram 50 cartões, enquanto o clube carioca ostentou a marca de 46 anotações dos juízes. O São Bento, que caiu nas quartas, fecha o top 3 com 40 amarelos na conta. Leandro Mello, do São Bento, foi o atleta que mais recebeu cartão, com sete anotações.

Em expulsões, Baré e Ituano receberam quatro cartões vermelhos e lideram a estatística de expulsos do torneio. São Francisco, Linense e Caxias receberam três cartões e terminaram colados com os líderes em vermelhos da Série D. Aleílson, do São Francisco; Rodrigo, do Linense; e Naylhor, do Ituano terminaram com duas expulsões cada.

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